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Homem é preso por ordenar morte de amigo durante a greve da PM no ES

Homem é preso por ordenar morte de amigo durante a greve da PM no ES

Crime aconteceu por conta da disputa por um ponto de tráfico de drogas na região conhecida como "Copo Sujo", em Jardim Limoeiro, na Serra. A prisão do suspeito de 39 anos ocorreu na última sexta-feira (07), em Cariacica

Publicado em 11 de agosto de 2020 às 13:45

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Mulheres de PMs bloquearam a entrada de batalhões da PM no Espírito Santo na greve da PM
Mulheres de PMs bloquearam a entrada de batalhões da PM no Espírito Santo em 2017. (Guilherme Ferrari)

Polícia Civil prendeu um homem de 39 anos que é apontado como mandante de um homicídio consumado e uma tentativa de homicídio em fevereiro de 2017, na Serra, durante a paralisação da Polícia Militar no Estado. A prisão aconteceu na última sexta-feira (07), no bairro Nova Rosa da Penha II, em Cariacica.  

Nesta terça-feira (11), em coletiva de imprensa, o delegado titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Serra, Rodrigo Sandi Mori, contou que o crime aconteceu por conta da disputa por um ponto de tráfico de drogas, na região conhecida como "Copo Sujo", em Jardim Limoeiro, na Serra. A ordem para o crime partiu de dentro do presídio, depois que mandante e vítima – que eram amigos – se desentenderam.

"O mandante e a vítima eram donos do tráfico de drogas do 'Copo Sujo'. O mandante foi preso por outro homicídio, cometido em março de 2016, quando ao sair de uma boate teria matado um segurança. A vítima ficou tomando conta do tráfico aqui fora e começou a não repassar a quantia da parte do mandante para os familiares do mandante. Isso gerou um descontentamento e ele mandou executar a vítima. O crime ocorreu em 5 de fevereiro de 2017, no primeiro final de semana de paralisação da Polícia Militar", contou o delegado.

O CRIME

Thiago de Freitas foi morto quando tomava cerveja com os amigos em um bar. Dois indivíduos chegaram no local a bordo de um veículo, um deles desembarcou já atirando em direção a vítima. De acordo com a polícia, um dos disparos acertou a perna de outra pessoa que nada tinha a ver com a história.

Thiago chegou a entrar em luta corporal com o primeiro indivíduo, mas o outro criminoso também desembarcou do carro e passou a efetuar disparos na vítima na frente de todos que se encontravam no bar.

Os bandidos fugiram de carro, mas retornaram logo depois quando souberam que algumas pessoas estavam socorrendo a vítima no local do crime. Havia uma enfermeira no bar. Os dois desembarcaram novamente do veículo, ordenaram que ninguém socorresse Thiago e efetuaram mais disparos contra a vítima. Thiago chegou a ser levado para o Hospital Dr. Jayme dos Santos Neves, na Serra, mas não resistiu aos ferimentos.

A PRISÃO

Na última quinta-feira (06) foi decretada a prisão preventiva dos três envolvidos no crime: o mandante e os dois executores. No dia seguinte, em uma operação no bairro Nova Rosa da Penha II, em Cariacica, a polícia fiz um cerco na residência onde estava o mandante e executou a prisão dele.  Além do homem que ordenou o assassinato, um dos executores também foi preso. O segundo executor segue foragido.

"O mandante do crime está preso, um dos executores também está preso e tem um executor que está foragido. Nós pedimos que a população que tiver qualquer informação sobre esse crime, denuncie através do 181 ou também pela nossa página no Facebook, que é a Delegacia de Homicídios da Serra, onde o sigilo também é garantido", pediu Sandi Mori.

POLÍCIA DIZ QUE METADE DOS CRIMES JÁ FORAM SOLUCIONADOS

O delegado Rodrigo Sandi Mori fez questão de ressaltar que metade dos crimes que aconteceram na Serra durante a paralisação da Polícia Militar, em 2017, já foram solucionados. 

"É importante ressaltar que dos 51 homicídios que ocorreram na Serra, durante o período de paralisação da PM, quase 50% já foram elucidados por nós, com autoria. É importante ressaltar também que esses crimes não foram esquecidos por nós. Pedimos aos familiares que confiem no nosso trabalho e nos procurem, só assim podemos buscar justiça e retirar de circulação esses indivíduos que aproveitaram desse período para cometer crimes e homicídios no município da Serra", reiterou o delegado.

Já o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, reforçou que os crimes ocorridos na época da greve da PM são difíceis de serem solucionados, mas que a polícia segue com as investigações para elucidar os homicídios daquela ocasião.

"O que aconteceu é que naquela ocasião, em razão da Greve da PM nós não tivemos os locais de crimes preservados, não havia testemunha, então o delegado precisa trabalhar a investigação do corpo. Precisa investigar quem é aquela vítima e aí começar a  traçar todas as informações. Muitos resíduos, vestígios, evidências, que ficam num local de crime, foram perdidos naquela ocasião. Isso dificulta. Mas daqueles 209 homicídios ocorridos, aproximadamente uns 150 já foram elucidados", avaliou.

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