Um homem, de 42 anos, foi preso suspeito de abusar sexualmente de duas meninas de 3 anos, netas gêmeas da companheira dele. A prisão aconteceu na noite desta terça-feira (26), em Carapina Grande, na Serra. Segundo o registro feito pela Polícia Militar, as crianças apresentavam sinais nas partes íntimas que indicavam a violência sexual.
A mãe das crianças, que acionou a Polícia Militar, narrou aos PMs que passou a morar com a mãe (avós das meninas) e o suspeito na mesma casa em dezembro de 2021. Poucos meses depois, começaram os relatos das filhas de que o homem estaria "passando a mão nas partes íntimas delas".
Em abril deste ano, segundo a mãe das meninas, os relatos se intensificaram. Inclusive, as crianças contaram detalhadamente para a mãe sobre os abusos sexuais.
Ainda neste mês, segundo a mãe das vítimas narrou aos policiais, as crianças foram levadas à Unidade de Pronto Atendimento de Carapina depois de apresentarem caroços nos glúteos. Lá, a mãe contou aos médicos os relatos das meninas e elas foram encaminhadas à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e ao Serviço Social da Prefeitura da Serra.
Nesta terça-feira (26), a mulher contou à polícia que, assim que voltou da igreja, foi trocar a fralda das meninas e elas começaram a chorar muito, não a deixando tocar nas partes íntimas delas. Neste momento, o suspeito saiu do quarto onde estavam, com a cabeça baixa e tapando o rosto, levantando a suspeita da mãe de que ele tinha abusado sexualmente delas.
A mulher, então, acionou a polícia e uma equipe encaminhou as meninas à UPA de Carapina, onde a médica confirmou o abuso sexual e orientou que as meninas fossem levadas ao Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para fazer exames de corpo delito.
A Polícia Civil informa que o suspeito, de 42 anos, conduzido à Delegacia de Plantão Especializado da Mulher (PEM), foi autuado em flagrante por estupro de vulnerável duas vezes e foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV). O procedimento será encaminhado para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
Em entrevista à repórter Gabriela Martins, da TV Gazeta, a mãe das meninas afirmou que já suspeitava que as filhas estivessem sofrendo abusos sexuais. Segundo a mulher, as crianças choravam quando tinham que ficar sozinhas com o suspeito. Após aparecem caroços nas meninas, ela procurou atendimento médico e foi orientada a ir até a polícia.
"Falavam que não queriam ficar na minha mãe, que não queria ficar lá, quando ia para lá choravam e não queriam por causa dele, falavam o nome dele. Doía muito, ela (uma das meninas) falava. Aí um médico falou que o comportamento estava estranho, (perguntou) quem residia na casa, aí eu falei. Foi o momento que ele falou para eu procurar os meus direitos, procurar o direito delas", disse.
A mulher contou que acionou a polícia e, segundo ela, quando uma equipe chegou, o suspeito não teve reação. Ele foi levado para o Plantão Especializado da Mulher (PEM).
"Eu pedi socorro no 190, para eles comparecerem o mais rápido possível que eu precisava de socorro naquele momento para poder abordar ele porque ele estava consciente da minha desconfiança. Logo que ele viu o carro da polícia ele já 'mudou de cor', ficou transformado, sem reação nenhuma, não podia se defender e falar que não fez nada", acrescentou.
A nota divulgada pelo advogado de defesa do suspeito afirma que o depoimento da mãe das crianças é tendencioso e tem o objetivo de prejudicar o homem por conta de uma inimizade entre ele e a mulher. Confira a nota na íntegra:
A defesa do acusado vem por meio desta informar que os fatos narrados não ocorreram na forma descrita, sendo que o depoimento prestado pela genitora das vítimas em sede policial está maculado e tendencioso, com intuito meramente de prejudicar o acusado, por uma inimizade criada entre a genitora das vítimas e o acusado, pois o mesmo jamais praticou qualquer conjunção carnal ou outro ato libidinoso com as menores. Informo ainda que sua inocência será comprovada durante a instrução processual.
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