Um jovem de 19 anos e outro, de 24 anos, foram mortos após serem atingidos por tiros na localidade de Boa Vista do Sul, interior de Marataízes, Litoral Sul do Espírito Santo, na noite de sábado (21). Segundo a Polícia Militar, o suspeito de ter atirado, um homem de 64 anos, acabou agredido por populares após o crime. Ele foi preso.
Segundo registro policial, Caylan Porto da Silva, de 19 anos, morreu a caminho da Unidade de Pronto Atendimento de Marataízes. Ele foi atingido por dois tiros nas costas. O outro jovem, de 24 anos, identificado como Lucas de Melo Ventura, levou dois tiros no abdômen e foi socorrido em estado grave para Hospital Evangélico Litoral Sul, em Itapemirim, mas também não resistiu e morreu.
No local do crime, a Polícia Militar recebeu a informação de que o suspeito de realizar os disparos, após ser contido e agredido por populares, havia sido socorrido para uma unidade hospitalar em Presidente Kennedy. Uma equipe foi ao local para dar voz de prisão ao suspeito e realizar escolta.
Aos policiais, o homem, identificado como Pedro Fernandes Florindo, contou que é colecionador de armas e que possui apenas a posse da arma utilizada no crime. Segundo relatos de testemunhas aos militares, o suspeito havia consumido bebidas alcoólicas desde as 11h de sábado. A motivação do crime não foi informada.
A arma utilizada no crime, uma pistola da marca Taurus, com um carregador contendo nove munições intactas e uma deflagrada, foi entregue aos militares por um morador que prestou socorro às vítimas. O armamento foi entregue na delegacia de Itapemirim.
O suspeito foi transferido para o Hospital Santa Casa de Misericórdia, em Cachoeiro de Itapemirim, sob escolta policial até receber alta médica.
Procurada pela reportagem, a Polícia Civil disse que o suspeito, de 64 anos, foi conduzido à Delegacia de Polícia de Marataízes, e autuado em flagrante, duas vezes, por homicídio. Ele será encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP).
Os corpos das vítimas foram encaminhados para a Seção Regional de Medicina Legal (SML), da Polícia Científica (PCIES), em Cachoeiro de Itapemirim, para serem necropsiados e, posteriormente, liberados para os familiares.
De acordo com a apuração do repórter Matheus Passos, da TV Gazeta Sul, a família de Caylan conhecia o autor dos disparos e não sabia de nenhuma desavença entre os envolvidos. Caylan e Lucas eram amigos havia cerca de três anos. O primeiro era pescador de alto-mar, e o segundo trabalhava como monitor da viação Sudeste.
Caylan deixa a esposa e uma filha de um mês de vida. Ele deve ser sepultado no cemitério de Jacarandá, em Marataízes. Lucas também era casado e a esposa está grávida de dois meses.
Segundo a mãe de Caylan, Syntia Porto Neto, o filho teria tido um desentendimento com o suspeito antes do crime. O jovem estava andando de moto e acelerou o veículo. Logo depois, Pedro parou ele e o derrubou no chão. "Meu filho chegou nervoso, porque foi ameaçado de morte. Ele depois voltou para o local e nós fomos atrás. Meu marido falou assim: 'Pedro, você me conhece, eu sou o pai desse menino'. Ele pegou a arma e apontou para o meu marido. Nisso, meu filho tentou evitar usando um capacete e acabou sendo baleado. Ele tirou a vida do meu filho e deu dois tiros no Lucas", contou para a TV Gazeta Sul.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta