Um casal de amigos foi preso após confessar que matou um funcionário público de 39 anos dentro da casa onde a vítima morava em Paraju, Domingos Martins, na Região Serrana do Espírito Santo, no último dia 16. Segundo a Polícia Civil, Silvio Trarbach Stein e os dois – um indivíduo de 35 anos e uma mulher de 23 – estavam usando drogas na residência quando a vítima disse que tinha ouvido um pássaro cantar e que isso seria um sinal de que alguém morreria. Os suspeitos – que não tiveram seus nomes divulgados – alegaram que se sentiram ameaçados e mataram o homem, que foi queimado vivo.
O inquérito policial que investiga o assassinato do funcionário público ainda não foi concluído, mas a Polícia Civil do Espírito Santo disse que o casal de amigos confessou o crime e está preso provisoriamente.
Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira ((24), o titular da Delegacia de Polícia de Domingos Martins, delegado Geraldo Peçanha, e o delegado geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, explicaram que, antes do crime, os dois suspeitos e a vítima estavam juntos em uma festa. Eles se conheciam e se reuniam com alguma frequência para usar drogas.
Segundo a Polícia Civil, os suspeitos afirmaram que, após saírem da festa, os três amigos seguiram para a casa da vítima e ficaram usando cocaína e crack dentro da residência quando Silvio comentou ter escutado o canto de um pássaro e disse ao homem e à mulher que quando aquele determinado pássaro canta é sinal de que alguém morreria naquela noite. O comentário teria feito com que o casal se sentisse ameaçado.
Após o comentário, o funcionário público foi golpeado com um mata-leão – golpe de estrangulamento – pelo homem de 35 anos e desmaiou. Naquele momento, segundo as investigações, a mulher teve a ideia de amarrar as pernas da vítima com uma corda. Ainda com vida e amarrado, Sílvio teve a casa incendiada e morreu carbonizado no interior da residência.
A Polícia Civil foi acionada para atendimento à ocorrência de incêndio, mas encontrou a vítima dentro da casa já sem vida e a perícia constatou que Silvio foi queimado quando ainda estava vivo. A mulher de 23 anos e o homem de 35 fugiram do local após o crime, mas acabaram presos dias depois. Eles confessaram o crime e deram a mesma versão à polícia, segundo o delegado Geraldo Peçanha.
O titular da Delegacia de Polícia de Domingos Martins explicou que o inquérito deve ser concluído dentro do prazo de 30 dias, e que os suspeitos devem ser indiciados por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e cruel. O delegado explicou que os nomes do homem e da mulher não foram divulgados porque o inquérito não foi concluído e ainda não há denúncia do Ministério Público do Espírito Santo.
Sílvio, de 39 anos, trabalhava na Secretaria de Obras de Domingos Martins, segundo a Polícia Civil.
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