A conclusão do inquérito sobre a morte de uma adolescente de 17 anos na Serra terminou em reviravolta: o namorado dela, que alegava ter sido vítima de um ataque junto dela, na verdade é apontado pela polícia como autor do crime. Ele foi preso 20 dias após o assassinato, no bairro José de Anchieta, no mesmo município.
O caso aconteceu no dia 7 de janeiro deste ano. À época, Jerllington Oliveira Lopes, de 37 anos, contou à polícia que seguia de carro com a namorada em direção ao bairro Feu Rosa quando foi fechado por dois indivíduos que estavam em uma motocicleta vermelha.
Ele disse que precisou parar o veículo. Um dos criminosos, ainda na moto, teria disparado contra o carro. Neste momento, o rapaz abriu a porta do veículo e conseguiu correr para um matagal, e alegou ter sido atingido por um disparo na mão direita.
Já Iara, de 17 anos — a polícia só divulgou o primeiro nome dela — foi baleada 10 vezes: três no tórax, três no abdômen, uma no crânio, duas na mão esquerda e uma na coxa direita. A vítima foi levada pelo próprio namorado até o Hospital Jayme Santos Neves, na Serra, mas já chegou sem vida.
Nesta terça-feira (4), a Divisão de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) divulgou que, na verdade, o homem matou a própria namorada. As investigações apontaram que tanto as marcas de tiros do carro como as no corpo da vítima mostravam que os disparos tinham sido feitos de dentro do veículo.
Além disso, Jerllington contou duas versões distintas sobre onde teria ocorrido o crime, e em nenhum dos dois lugares havia matagal.
Segundo as investigações, ele e Iara tiveram um relacionamento por quatro anos. Na época do crime, eles moravam juntos. Apesar das provas, Jerllington negou todas as acusações. Ele segue preso e vai responder por feminicídio, impossibilidade de defesa da vítima e fraude processual.
Após coletiva de imprensa, ocorrida nesta tarde, o texto foi atualizado com nome do preso e outros detalhes do caso.
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