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Homem que esfaqueou jovem na Rua da Lama já foi condenado por porte de arma

Homem que esfaqueou jovem na Rua da Lama já foi condenado por porte de arma

No mesmo processo, outras duas pessoas foram condenadas por tráfico de drogas; Vilson Luiz Ballan também já respondeu por desacato

Publicado em 18 de março de 2025 às 10:34

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Felipe Sena
Repórter / fsena@redegazeta.com.br

O empresário Vilson Luiz Ballan, apontado pela Polícia Civil como o responsável pela morte Breno Rezende de Carvalho, de 25 anos, no último sábado (25), em Vitória, foi condenado anteriormente por porte ilegal de armas. No mesmo processo, foram julgadas outras quatro pessoas; duas delas foram condenadas por tráfico de drogas. Além disso, Vilson já foi processado por desacato a servidor público.

As informações foram apuradas pela reportagem de A Gazeta em consulta a informações públicas dos processos disponibilizadas pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES)

Condenação por porte de armas

Conforme a sentença proferida pela juíza Jaqueline Teixeira da Silva, à época na 5° Vara Criminal da Serra, em dezembro de 2009, uma operação policial resultou na prisão de cinco adultos, entre eles Vilson Luiz Ballan, e dois adolescentes. A ação partiu com base em denúncias anônimas sobre uma suposta quadrilha envolvida em tráfico de drogas e homicídios no bairro Maria Ortiz, em Vitória.

A polícia identificou que os suspeitos estariam se deslocando para o município da Serra em dois veículos: um Corsa Super branco e um Monza bege. No Corsa, foram apreendidos dois revólveres calibre 38, uma pistola 380 com numeração raspada, 43 buchas de maconha e munições. No Monza, foram encontrados uma escopeta calibre 44, um revólver calibre 38 com numeração raspada e duas toucas ninja. Vilson, segundo o texto, estava no Monza.

No mesmo processo foram julgados os cinco adultos. Dois foram condenados por tráfico de drogas. Vilson e outros dois foram condenados por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e com numeração raspada. Todos os cinco foram absolvidos das acusações de associação para o tráfico, conforme a sentença, por falta de provas.

Vilson foi condenado a 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto, substituída por prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária (pena alternativa à prisão, que consiste no pagamento de uma quantia em dinheiro).

A reportagem entrou em contato com Horácio do Carmo Oliveira, responsável pela defesa de Vilson na época, que confirmou a condenação. Atualmente, Horácio disse não ter informações sobre o empresário. "Fui advogado dele em 2009, há 16 anos. Hoje, eu desconheço o paradeiro dele. Não fui procurado por ele, pelo menos não até este momento", disse o advogado. Também foi feita uma tentativa de contato por telefone com o próprio Vilson. Até a publicação desta matéria, não tivemos retorno. 

Processo por desacato

Vilson também já foi processado por desacato a servidor público. Nesse processo, ajuizado em 2015, houve a suspensão condicional do processo, que pode ocorrer em casos de crimes de menor potencial ofensivo, desde que o réu cumpra certas condições impostas pelo juiz.

A sentença informa que ele cumpriu integralmente essas condições e que já havia passado o tempo determinado para a suspensão. Por isso, o juiz declarou extinta a punibilidade, ou seja, ele não recebeu uma condenação e o processo foi encerrado sem pena.

Crime na Rua da Lama

Na última segunda-feira (17), a Justiça do Espírito Santo mandou prender o empresário Vilson Luiz Ballan, apontado pela Polícia Civil como o principal suspeito do assassinato de Breno. O crime ocorreu durante uma briga no último sábado (15), na Rua da Lama, em Vitória. O pedido de prisão foi solicitado pela PCES e acatado pelo Tribunal de Justiça do ES.

Em protesto amigos e familiares pedem justiça em frente ao bar Sofá da Hebe
Em protesto amigos e familiares pedem justiça em frente ao bar Sofá da Hebe. (Leitor A Gazeta)

A motivação do crime seria uma discussão por causa do pagamento de uma cerveja de R$ 16. Na noite de segunda-feira (17), amigos e familiares da vítima se reuniram em frente ao Sofá da Hebe, na Rua Arthur Czartoryski, no bairro Jardim da Penha, para protestar e exigir justiça pela morte de Breno. O suspeito do crime, Vilson, é proprietário do estabelecimento. O ato foi marcado por pedidos de prisão e manifestações de indignação diante do crime.

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