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Homem que matou vendedora na Glória premeditou crime, diz polícia

Homem que matou vendedora na Glória premeditou crime, diz polícia

A delegada afirmou que a vítima foi aleatória, mas que o agressor já saiu com a faca de casa com a intenção de "fazer mal a alguém"

Publicado em 25 de março de 2025 às 13:20

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Homem que esfaqueou vendedora dentro de loja na Glória.
Agressor e vítima dentro de loja onde ocorreu o ataque. (Câmera de segurança)

O assassinato da jovem vendedora Carla Gobbi Fabrete, de 25 anos, morta a facadas no bairro Glória, em Vila Velha, foi um crime premeditado. Segundo a Polícia Civil, Wenderson Rodrigues de Souza, de 30 anos, afirmou que saiu de casa pensando em “fazer mal a alguém”.

A vítima foi aleatória, mas Carla foi escolhida por ser uma mulher e estar sozinha no momento do crime. As investigações também apontaram que o agressor tem histórico de violência contra ex-companheiras — embora a vendedora não tivesse qualquer relação com ele, mas, por ser mulher, virou alvo do ataque. “Em interrogatório, ele disse que já saiu de casa com a faca. A gente conseguiu demonstrar que aquele autor escolheu a vítima dentro de uma aleatoriedade e observamos que já tinha um histórico de violência contra mulheres”, explicou a delegada Raffaella Aguiar, chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher.

Imagens de monitoramento da região mostram que, 10 minutos antes do crime, Wenderson aparece analisando as lojas quando, de repente, visualiza a da vítima. Ele para, retorna e segue.  “Depois ele volta alegando ser um cliente para analisar o local e verificou que ela era uma vítima vulnerável, mais frágil por conta do físico e que não havia mais ninguém ali. Aí a encurralou e a levou para os fundos da loja onde a executou friamente”, revelou a delegada.

Homem que matou vendedora na Glória premeditou crime, diz polícia

Wenderson foi autuado por feminicídio com duas majorantes — que causam aumento de pena: a primeira porque a vítima tem uma filha de dois anos e a segunda pelo crime ter sido cometido por meio cruel e com impossibilidade de defesa. Após o ataque, o agressor chegou a se ferir com a mesma faca que usou para golpear a vendedora. Ele ficou internado por quatro dias e depois foi encaminhado ao sistema prisional. 

Quando questionado sobre o que teria dito à vendedora quando a levou para os fundos da loja, ele se calou e solicitou a presença de um psiquiatra e de um defensor público. Durante audiência de custódia, a defesa de Wenderson alegou que ele "possivelmente estava em situação de surto" e pediu a liberdade provisória dele, que foi negada pela Justiça.

“Durante interrogatório, foi bem nítido que ele confessou a prática do crime, mas quando as perguntas começaram a ser mais assertivas quanto à motivação e dinâmica, ele simplesmente alegou que queria ter um defensor e não falaria mais. Então a gente percebeu que ele tem uma insanidade seletiva”, finalizou a delegada Raffaella Aguiar.

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