Depois de pedir para ser preso a fim de evitar que matasse a ex-mulher, o confeiteiro Samuel Santos de Souza, de 24 anos, continuará detido no sistema prisional do Espírito Santo. Ele passou por uma audiência de custódia nesta terça-feira (22) e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.
Na decisão, a juíza Raquel de Almeira Valinho afirmou que existem fortes indícios de que o jovem tenha ameaçado a ex-companheira – conforme ele próprio já admitiu a policiais militares e à reportagem da TV Gazeta – e que possa oferecer perigo estando em liberdade, ainda que provisória.
Conforme evidencia o texto, a vítima contou que Samuel a visitou nessa segunda-feira (21) para deixar a filha do casal. No entanto, ao ser recebido pela ex-sogra, ele "ficou nervoso e começou a gritar, dizendo que mataria a ex-companheira", uma cuidadora de idosos de 32 anos.
Além da prisão preventiva decretada, a juíza determinou que o confeiteiro seja encaminhado para uma equipe de saúde da unidade prisional para a qual for encaminhado "devido ao quadro de instabilidade mental". O rapaz está preso pelo crime de ameaça, na forma da Lei Maria da Penha.
Antes de ser encaminhado ao presídio nesta manhã, Samuel Santos de Souza contou que o relacionamento acabou porque ele traiu a ex-mulher três vezes. Ainda assim, ele ficou revoltado ao saber que a cuidadora de idosos se envolveu com outra pessoa após a separação.
O rapaz ainda disse que nunca bateu em qualquer mulher e que se preocupou com o próprio comportamento possessivo. "Tenho consciência de que estou errado. Não quero ser mais um que mata mulher. Eu me preocupei por ter esse sentimento de posse. Nunca passei por isso", contou.
Veja a entrevista:
Do outro lado da história, a cuidadora de idosos, que não quis ser identificada, confirmou que nunca foi agredida pelo ex-companheiro, mas revelou que vinha sofrendo ameaças depois da separação. "Ele não aceitou o término e começou a me pressionar para voltar", lembrou.
Só nessa segunda-feira (21), antes de se entregar à polícia, Samuel a ameaçou mais de uma vez. "Ele falou que queria conversar e, se eu não deixasse ele entrar, iria pular o muro da minha casa. Passou uma viatura na hora, ele disse que era pra eu chamá-la porque iria precisar e, depois, conversou com os policiais."
A mãe da cuidadora disse que Samuel sempre foi alegre e nunca deu sinais de que poderia matar ou agredir a filha dela. "Ele parece que não está mais acreditando nas coisas boas. Está com pensamento ruim e com o olhar estranho. Se ele sair de repente, eu tenho que tomar providência", disse.
Antes de a prisão preventiva ter sido decretada, a mãe da cuidadora afirmou que o ideal era que Samuel ficasse preso. "Pelo menos para dar um tempo, para ter uma segurança maior, porque, se ele sair agora, não dá nem tempo de a gente ver o que vai fazer", desabafou, para a equipe da TV Gazeta.
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