Condenado por participar da morte do juiz Alexandre Martins, Fernando de Oliveira Reis, o Fernando Cabeção, morto a tiros dentro de um carro de luxo em Itapuã, Vila Velha, na tarde deste domingo (28), é suspeito de envolvimento em um homicídio, ocorrido na manhã deste domingo (28), no bairro Divino Espírito Santo, em Vila Velha, de acordo com informações da polícia. Ele era apontado pela polícia como líder de uma facção criminosa no bairro Guaranhuns, no mesmo município.
Segundo informações da Polícia Militar, o carro de Fernando seguia no sentido Vila Velha-Vitória e, quando parou no sinal de trânsito, foi fechado por outro veículo. De dentro do carro, os criminosos teriam feito pelo menos 15 disparos. Fernando Cabeção não resistiu aos ferimentos e morreu. Os autores do crime fugiram.
De acordo com informações da TV Gazeta, a esposa da vítima estava dirigindo o veículo e não foi atingida pelos tiros. Ela foi socorrida pela ambulância do Samu, porque machucou um dos braços com estilhaços de vidro da janela. Ela disse à polícia que o marido teria saído da prisão há seis meses.
Até a tarde desta segunda-feira (29), nenhum suspeito de envolvimento no assassinato de Fernando Cabeção havia sido detido. A Polícia Civil informou que o caso segue em investigação na Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha e que só depois da conclusão do inquérito policial será possível afirmar se a morte dele tem relação com o crime ocorrido horas antes.
A PC também ressaltou a importância da população contribuir com informações pelo Disque-Denúncia (181). "As informações são fundamentais para auxiliar a polícia e o anonimato é totalmente garantido. As informações ainda podem ser enviadas via redes sociais e pelo App 190 ES", esclareceu em nota.
Cabeção é um dos condenados pela morte do juiz Alexandre Martins, assassinado em 2003. O juiz, de 32 anos, foi morto com três tiros quando chegava a uma academia de ginástica, em Itapuã, Vila Velha. Ele tinha acabado de estacionar o carro e foi baleado na rua.
Testemunhas contam que olharam da janela da academia ao ouvirem os tiros e viram uma pessoa na moto e uma outra pessoa atirando. Alexandre integrava a missão especial federal que, desde julho de 2002, investigava as ações do crime organizado no Estado.
Dez pessoas foram acusadas de participar do crime. Os executores foram Giliarde Ferreira de Souza e Odessi Martins da Silva Júnior, o Lumbrigão. Os intermediários foram os sargentos da PM Heber Valêncio e Ranilson Alves da Silva, Fernando de Oliveira Reis, o Fernando Cabeção, Leandro Celestino, o Pardal - que emprestou a arma usada no crime - e André Luiz Tavares, o Yoxito - que emprestou a motocicleta usada pelos assassinos confessos no crime Giliarde e Lumbrigão.
Apontados como mandantes do crime, o ex-policial civil Cláudio Luiz Andrade Baptista, o Calú, foi absolvido, e o juiz aposentado Antônio Leopoldo Teixeira ainda não foi julgado porque tem recurso pendente em Brasília. Já o coronel reformado da Polícia Militar, Walter Gomes Ferreira, ainda está preso.
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