O subsecretário de Justiça do Espírito Santo admitiu nesta sexta-feira (16), em entrevista à TV Gazeta, que "houve falha de procedimento" ao comentar sobre a fuga do detento Márcio Vieira, que conseguiu escapar do Complexo Prisional pulando o muro da Penitenciária de Segurança Máxima 2, em Viana.
De acordo com o subsecretário, esta é uma afirmação preliminar e ainda é preciso entender o que aconteceu. "Isso daí vamos entender realmente no dia a dia, ouvindo todos que estavam lá, que participaram das buscas, para assim chegar na verdade. Muito provavelmente vamos alterar nosso padrão operacional naquela unidade para aumentar o nível de segurança", disse.
Segundo informações da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), esta foi a única fuga de detento registrada este ano na Penitenciária de Segurança Máxima 2 de Viana, porém, em todo o sistema penitenciário, 16 presos fugiram em 2020. No ano passado, 26 presos escaparam.
De acordo com informações da Sejus repassadas na data da fuga, 12 de outubro, o detento realizava trabalho na área interna da unidade e conseguiu fugir pulando o muro, voltado para uma área de mata. Buscas foram realizadas por inspetores penitenciários, que contaram com o apoio do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer) e da Polícia Militar. Até a tarde desta sexta-feira (16), Márcio não havia sido localizado e recapturado.
Márcio Vieira, de 41 anos, tem uma longa ficha criminal e condenações. Natural de Colatina, ele acumula três assassinatos, uma tentativa de homicídio, outra de latrocínio, além de uma série de roubos a comércios da Região Norte do Espírito Santo. Somadas, as condenações dele chegam a 180 anos de prisão.
Só em um dos processos que responde na Justiça, o detento recebeu uma pena de 84 anos. Márcio, segundo a sentença, foi um dos responsáveis pelo assassinato de três pessoas duas em Linhares e a outra em Aimorés, em Minas Gerais e por tentar matar outra pessoa, também em Linhares. O caso aconteceu em junho de 2011 e Márcio Vieira foi condenado em 2015 pelo Júri Popular.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta