A polícia indiciou um idoso de 75 anos por praticar ato libidinoso na frente de uma menina de apenas 6 anos, em Vitória. O caso ocorreu no dia 16 de setembro e, nesta quarta-feira (18), a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente concluiu o inquérito. O delegado responsável pelo caso pediu o indiciamento do homem e a pena, se condenado, pode chegar a quatro anos de reclusão.
De acordo com as investigações da polícia, há pouco mais de dois meses, por volta das 11 horas da manhã, a criança brincava no quintal da própria casa. O idoso, que é morador do mesmo bairro, nota a presença da menina de apenas 6 anos e se aproxima do portão da residência. Na sequência, segundo informações do delegado adjunto da DPCA, Diego Bermond, ele inicia uma conversa com a criança, pede que ela abra as pernas e reforça o pedido com gesto com as mãos. Câmeras de videomonitoramento registraram o momento em que o idoso toca as partes íntimas dele, por cima da roupa, e faz gestos com as mãos na rua.
Na manhã desta quinta-feira (19), o delegado Diego Bermond explicou como a polícia descobriu e apurou esse caso. A polícia não revelou o local onde aconteceu o fato e também não divulgou o nome do idoso.
"Nós recebemos essa ocorrência, iniciamos a investigação e constatamos por meio das câmeras de videomonitoramento e relatos das testemunhas que, de fato, ele praticou essa conduta. Então nós o indiciamos pelo crime de satisfação lascívia mediante a presença de criança, cuja pena pode chegar a quatro anos", disse o delegado.
Durante as investigações, o delegado encontrou diversos registros similares relacionados ao idoso indiciado. Segundo Bermond, o idoso de 75 anos tem passagem pela polícia por prática de atos libidinosos ocorridas nos anos de 2002, 2008 e 2012. Diante da gravidade do caso, a DPCA solicitou medida protetiva à criança, para evitar que o acusado volte a se aproximar dela, visto que responde em liberdade.
"Solicitamos junto ao Poder Judiciário uma medida protetiva de urgência em favor dessa vítima de não aproximação desse suspeito, tanto em relação à criança como para família dela", destacou o chefe de polícia.
Na coletiva, o delegado ainda ressaltou que a presença de uma vizinha foi determinante para que o idoso parasse de se tocar enquanto via a criança brincando no quintal.
"Uma vizinha que estava próxima acabou ouvindo a conversa e achou estranho. Ela então mandou que a menina entrasse imediatamente em casa e informasse a mãe. O idoso tentou meio que disfarçar e disse (para a vizinha) que não estava fazendo nada. Depois ele sai caminhando normalmente, como se nada tivesse acontecido", detalhou.
Com as imagens em mãos e o boletim de ocorrência registrado pela família, o idoso foi chamado até a delegacia. No interrogatório, salientou o delegado, o homem indiciado inicialmente negou os atos, porém ao ser confrontado com as imagens obtidas e também o depoimento de testemunhas, admitiu ter conversado com a menina. Ele, contudo, negou ter praticado o ato.
"No interrogatório, ele inicialmente se mostrou bastante furtivo em relação às perguntas. A princípio disse que não tinha se encontrado com a criança, mas depois que apresentamos as imagens, ele acabou admitindo que se encontrou com ela, porém negou que havia tido qualquer tipo de ato em relação à criança. Mas ficou bem claro para nós que ele praticou essa conduta libidinosa", explicou o delegado adjunto.
Ao término da coletiva, o delegado da DPCA reforçou o pedido aos pais para que observem mudanças no comportamento dos próprios filhos, principalmente em relação ao contato com outras pessoas. Qualquer anormalidade comportamental do menor pode já indicar que algo anormal possa estar ocorrendo.
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