Natural de uma aldeia indígena de Santa Cruz de Cabrália, na Bahia, o índio Jardel Lombard dos Santos, o Cauã, 33 anos, foi agredido e morto a facadas na praça Duque de Caxias, no Centro de Vila Velha, na manhã deste sábado (23).
Familiares da vítima contaram que ele trabalhava como artesão e vendia suas peças nas ruas, praças e praias da Grande Vitória. Ele estava no estado há cinco anos. A namorada de Cauã, uma mulher de 31 anos, contou que os dois moravam em Paul.
Porém, na sexta-feira (22), Cauã discutiu com o dono da casa que ele havia alugado. Com isso, o casal deixou o imóvel e resolveu ir dormir na praça.
"Ele bebeu com dois moradores de rua à noite. Mais tarde, começaram a discutir e xingaram a gente. O Índio revidou e foi espancado por eles. Tentei impedir, mas ele levou três facadas nas costas e morreu ali mesmo", disse a namorada da vítima. Os suspeitos fugiram levando uma mochila e as sandálias da namorada de Cauã.
A irmã de Cauã, a doméstica Arla Alves dos Santos, 31 anos, disse que o artesão deixou seis irmãos e dois filhos sendo uma garota de de 13 e um menino de 10 anos. O corpo dele será encaminhado para a Bahia. A doméstica soube do crime ao ver o corpo do irmão caído na praça na manhã deste sábado. Ela passou perto ao local quando seguia para refazer a matrícula dos filhos na escola.
"Estamos pedindo ajuda à Funai para resolver o translado. Meu irmão vivia do artesanato, sempre foi do mundo. Ficava entre o Espírito Santo e a Bahia. Ele bebia, usava as coisas e não queria saber de conselho", desabafa.
Por meio de nota, a Prefeitura de Vila Velha informou que vai instaurar um procedimento administrativo para apurar o motivo da ausência de agentes na base da Guarda Municipal, situada na Praça Duque de Caxias.
A Prefeitura informa ainda que o referido horário é justamente o da troca de escalas de plantão da base operacional. Por fim, a administração esclarece que em casos de homicídio, a liberação das imagens captadas pelas câmeras de videomonitoramento somente é permitida para os órgãos de investigação policial ou mediante autorização judicial.
O caso será investigado pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha.
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