Ciúmes. Esta foi motivação para o instrutor de autoescola Jackson Matos Júnior, ter sido assassinado no bairro Cidade Pomar, na Serra, no dia 29 de junho. Segundo a conclusão do inquérito pela Polícia Civil, o ex-companheiro da mulher com quem ele estava se relacionando não aceitou o término da relação de anos e assassinou o homem de 43 anos.
Em coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (13), o delegado-adjunto da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa da Serra, Ramiro Diniz, informou que o suspeito foi preso no dia 7 de julho, no bairro Eldorado, no mesmo município. O nome do ex-companheiro da mulher suspeito de ter cometido o crime não foi informado pela polícia.
"Fizemos uma campana no local de trabalho dele, uma barbearia, e, assim que ele chegou, efetuamos a captura. Ele foi interrogado, admitiu que sabia do relacionamento da ex-companheira com a vítima, mas não confessou o homicídio", explicou.
Segundo o delegado, o suspeito tinha um relacionamento de anos com a ex-parceira, porém não admitia o fim da relação, ao ponto de fazer ameaças ao casal.
"O suspeito e a mulher tinham 3 filhos, ficaram juntos por alguns anos e estavam separados há cerca de três meses quando do fato (assassinato). Desde a separação ele demonstrava que não aceitaria o fim do relacionamento. Ele sempre estava em cima dela, a cercava, e deixava claro que ela não poderia se envolver com ninguém. Então o crime foi realmente motivado por ciúmes", disse Ramiro Diniz.
De acordo com as investigações, na data do crime, Jackson estava em uma festa e saiu para se encontrar com a mulher. O suspeito, que tem 33 anos e trabalhava como barbeiro, soube do encontro do casal e foi atrás do instrutor de autoescola, que inclusive dava aulas de trânsito para a mulher com quem se relacionava.
"Sabemos também que a vítima, na data em que foi assassinado, passou o dia em um churrasco, já que ele também tinha um grupo de pagode. Ele estava junto do pessoal, mas depois saiu para o bairro Cidade Pomar. O suspeito, então, teria descoberto a localização da vítima, e com a ajuda de um amigo foi ao local e executou a vítima com disparo de arma de fogo", detalhou o delegado.
A polícia salientou que a pessoa que levou o suspeito até o local do crime não sabia das intenções do assassino, apenas o levou até o endereço repassado.
"Pelo que apuramos até agora, sabemos que uma pessoa o levou até o local do crime, entretanto a mesma não sabia da intenção dele em cometer o homicídio. Ele pensou que fosse fazer uma corrida normal, sem saber o que ocorreria na sequência", concluiu o delegado.
O suspeito de 33 anos, que não teve a identidade repassada, foi autuado por homicídio qualificado, mas já acumulava passagens na polícia por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
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