A intenção do jovem de 18 anos que invadiu uma escola municipal de Vitória nesta sexta-feira (19) era matar de seis a sete pessoas, segundo relatou o comandante da 12ª Companhia Independente da Polícia Militar, major Isaac Rubim, em entrevista à reportagem de A Gazeta. O ex-aluno invadiu a escola com armas brancas. Ele foi levado para a delegacia e detalhou a intenção aos militares. O detido não teve o nome divulgado.
De acordo com o comandante, o jovem disse à guarnição que tinha a intenção de matar seis ou sete pessoas antes de forçar um confronto com os policiais para ser morto em seguida. O ex-aluno não detalhou se entrou na escola com os alvos em mente, disse o major.
O rapaz entrou na no colégio Éber Louzada Zippinotti na tarde desta sexta (19) e foi levado para a Delegacia Regional de Vitória pela Polícia Militar.
"A gente imagina que tenha evitado uma tragédia". Essa foi a avaliação do comandante da 12ª Companhia Independente, major Isaac Rubim, que acompanhou a operação responsável por impedir que um jovem de 18 anos usasse o arsenal de flechas, facas e bombas dentro de uma escola em Jardim da Penha, Vitória, na tarde desta sexta-feira (19).
Segundo o major, o acionamento rápido e a chegada quase imediata da Polícia Militar ao local contribuíram para que o pior não acontecesse.
Ainda de acordo com o major, existe uma parceria entre moradores do bairro e a Polícia Militar chamado de "policiamento comunitário", favorecendo o trabalho de segurança. A equipe, de acordo com o militar, chegou à escola menos de um minuto após ter sido acionada.
Em entrevista à reportagem de A Gazeta no fim da tarde de sexta (19), o major chamou a atenção para os objetos que estavam com o jovem, entre flechas, facas e garrafas com coquetel molotov.
Perguntado sobre a motivação, o major Isaac Rubim afirmou que desde a chegada da polícia no local até a ida para a delegacia, o jovem não detalhou ou apontou as razões para invadir o ambiente escolar.
"Não disse motivação, não disse se queria matar alguém, não disse nada. Está calado na delegacia", relata o major.
O ex-aluno foi levado para a delegacia. O caso deve ser entregue à Polícia Civil, que irá ouvir o jovem, de acordo com o comandante. No momento em que o suspeito era detido, disse que "queria aloprar uma galera". Segundo major Isaac Rubim, uma criança ficou "levemente ferida" ao ter uma flecha apontada para o rosto.
Alunos de outras salas do colégio fizeram barricadas com carteiras para impedir a entrada do suspeito. Em seguida, o homem pulou o muro para fora da escola para tentar pegar a mochila com as bombas, mas percebeu que havia uma grande movimentação de pessoas e entrou novamente no colégio. Neste momento, ele foi contido.
Segundo a Polícia Civil, o detido tem 18 anos. A ocorrência foi encaminhada ao Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP), onde ainda está em andamento no plantão vigente.
"Somente após a ocorrência ser entregue e a finalização das oitivas da ocorrência teremos informações do procedimento que será adotado pelo delegado plantonista com o detido", finalizou.
Policiais militares disseram à reportagem da TV Gazeta, que o jovem é ex-aluno da escola. O nome dele, porém, não foi divulgado.
Procurada pela reportagem de A Gazeta no início da tarde, a Prefeitura de Vitória informou, por volta das 17h30, que agentes da Guarda Municipal permanecem patrulhando o local para garantir a segurança dos servidores e estudantes. Disse ainda, em nota, que fará instalação de uma concertina, uma espécie de arame, no portão do corredor de serviços, local onde ex-aluno passou durante invasão.
Uma equipe da Secretaria de Educação foi ao local para apurar os fatos e dar suporte à comunidade escolar.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (Semsu) informa que tão logo acionada, a Guarda Civil Municipal de Vitória (GCMV) enviou equipes ao local para acompanhar a Polícia Militar, que deteve o aluno e está à frente da ocorrência. Balestra, coquetel molotov e facas foram apreendidos com o suspeito.
Agentes da GCMV permanecem patrulhando o local e realizando ponto base para garantir a segurança de servidores e estudantes.
Uma equipe técnica da Secretaria de Educação (Seme) está no local para apurar os fatos e dar todo suporte à comunidade escolar. Os estudantes, profissionais e colaboradores estão sendo acolhidos e já na segunda-feira será iniciado um trabalho de práticas restaurativas.
O estudante que teve o rosto arranhado foi acolhido e, após a detenção do suspeito, a família foi chamada à unidade de ensino. A mãe da criança foi acolhida e orientada a registrar Boletim Unificado.
O suspeito tentou invadir a escola pelo portão e teve acesso negado pelo porteiro. O cidadão tentou forçar o portão a abrir, mas teve as tentativas frustradas pelo profissional na portaria.
Depois disso, o mesmo escalou a grade externa da escola, que dá acesso a um corredor de serviços. Após esse corredor, ele conseguiu acessar as dependências da unidade de ensino.
Desse portão, que dá acesso ao pátio, ele foi visto por servidores, que correram para a sala dos professores e se fecharam lá, passando a avisar os demais profissionais da escola para trancarem suas salas de aula.
A Secretaria de Educação já fez uma vistoria técnica na unidade de ensino e, neste fim de semana, fará a instalação de uma concertina no portão do corredor de serviços.
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