O investigador da Polícia Civil Rogerio Gomes foi preso na noite da última sexta-feira (12) acusado de perseguir a ex-namorada, descumprindo medida protetiva. O instrumento previsto na Lei Maria da Penha determina que o homem que ameaça ou agride uma mulher mantenha distanciamento mínimo da vítima.
Desde setembro de 2020, Rogerio Gomes não poderia se aproximar da residência da ex-namorada. Mas na sexta-feira (12), foi autuado em flagrante por descumprimento de medida protetiva e perturbação da tranquilidade. Consta na ocorrência policial que a vítima se queixa que, além de descumprir constantemente a restrição de aproximação, o investigador tem enviado mensagens com ameaças e agressões psicológicas.
A Polícia Civil informou que a prisão foi realizada pela Corregedoria Geral da Polícia Civil e o flagrante foi convertido no último sábado (13), na audiência de custódia, em prisão preventiva – na qual o acusado pode ficar preso por até 180 dias, durante a investigação.
Ainda segundo nota da PC, o servidor se encontra na Unidade Prisional da Polícia Civil e uma investigação sumária está em andamento na corregedoria.
Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o policial atuava na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Vila Velha, que investiga, justamente, crimes de violência doméstica, previstos na Lei Maria da Penha. A Polícia Civil ainda não confirmou o local atual de trabalho do investigador.
A reportagem também questionou a Polícia Civil se o servidor poderia ser afastado das suas funções. Em nota, o órgão não respondeu à pergunta, mas reiterou que "repudia atitudes que vão contra os preceitos éticos e legais da corporação e da Legislação Brasileira de modo geral".
Pelo telefone que o acusado costumava usar, a reportagem tentou contato com familiares dele para ouvir sua defesa, mas não houve retorno. O advogado que o representou na audiência de custódia também foi procurado, mas não foi localizado. A matéria poderá ser atualizada, caso a defesa se manifeste.
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