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Irmã de mulher morta em Vila Velha faz desabafo após soltura do suspeito

Irmã de mulher morta em Vila Velha faz desabafo após soltura do suspeito

Nesta quarta-feira (02) o principal suspeito de ter matado Vivian Lima de Almeida, de 29 anos, foi solto. Thiago Cruz estava preso há um mês

Publicado em 3 de setembro de 2020 às 19:36

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Vivian Lima de Almeida, 29 anos, foi encontrada morta dentro de sua casa no bairro Araçás, em Vila Velha
Vivian Lima de Almeida, 29 anos, foi econtrada morta dentro de sua casa no bairro Araçás, em Vila Velha. (Reprodução)

"Ele é muito frio. Tenho medo da frieza dele. Como ele dormiu com o meu sobrinho, sendo que matou a mãe dele?" O desabafo indignado é de Viviane, irmã gêmea de Vivian Lima de Almeida, de 29 anos, morta em julho. Nesta quarta-feira (02) o principal suspeito do crime, Thiago Cruz, de 36 anos, foi solto. Ele estava preso há um mês.

Viviane recebeu com preocupação a notícia de que o ex-cunhado ganhou direito à liberdade.  A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou, por nota, que Thiago "foi liberado no dia 2 de setembro de 2020, após vencimento da prisão temporária". A Polícia Civil, no entanto, diz que fez o pedido de prorrogação da prisão temporária do suspeito.

"Tenho medo do que ele pode fazer. Ele pode matar mais uma pessoa, até mesmo o meu sobrinho ele pode matar. Agora mesmo que eu não vou conseguir dormir, porque ele vai estar na rua. E meu sobrinho? A gente vai ter que entregar meu sobrinho para ele? Se ele matou a mãe do filho dele, pode matar qualquer outra pessoa", lamentou Viviane.

Thiago Cruz, de 36 anos,é o principal suspeito de matar Vivian Lima de Almeida, de 29 anos, em julho.
Thiago Cruz, de 36 anos, é o principal suspeito de matar Vivian Lima de Almeida, de 29 anos, em julho. (Reprodução TV Gazeta)

O QUE DIZ A POLÍCIA CIVIL

Polícia Civil informou que fez o pedido de prorrogação da prisão temporária do suspeito. "A Polícia Civil informa que, por meio da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Mulher (DHPM), foi representado pela prorrogação da prisão temporária do suspeito, pois laudos periciais e diligências imprescindíveis ao caso ainda precisam ser realizados. Informações sobre mandado de prisão devem ser solicitadas ao poder judiciário, onde, neste momento, estão tramitando os autos do inquérito policial", diz a nota da PC.

A reportagem de A Gazeta entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Estado, que informou que o pedido de prorrogação da prisão temporária foi negado. O motivo, segundo consta da decisão, é que aparentemente não haveria relação entre o êxito das investigações e a manutenção da prisão, ou seja, a Justiça não considerou que a soltura do suspeito atrapalharia a produção de provas. Diante disso, ele passa a responder ao processo em liberdade. Confira trecho da decisão do magistrado Douglas Demoner Figueiredo:

"Esclareça que não se nega a gravidade e repercussão do crime praticado, tampouco as razões invocadas pela Autoridade Policial, mas, resta a impressão de que a prorrogação da temporária visa tão somente mantê-lo preso sem conexão com êxito das diligências investigativas. Com efeito, não se mostra justificável a prorrogação da custódia temporária do representado, já que a medida não tem como objetivo preservar a colheita de elementos indiciários".

O CRIME

Vivian foi encontrada morta em casa no dia 28 de julho, no bairro Araçás, em Vila Velha, local para onde havia se mudado há poucos dias. A vítima foi espancada até a morte.

Inicialmente, a Polícia Civil e os familiares de Vivian descartaram que Thiago tivesse sido capaz de tirar a vida da ex-mulher. As investigações e as provas coletadas, contudo, levaram à prisão dele em agosto.

Imagens de câmeras do bairro onde aconteceu o crime mostram que a última pessoa a entrar na casa de Vivian havia sido Thiago, na segunda-feira (28), um dia antes dela ter sido encontrada morta. Lá, ele permaneceu por 1h30. À polícia, ele admitiu que esteve na casa da ex-mulher, mas negou a autoria do crime.

Vivian e o ex-companheiro tiveram um filho - o menino tem 8 anos - e mantinham boa relação, além de nunca ter havido suspeita de violência doméstica ou qualquer outro tipo de agressão. A autônoma, inclusive, já estava em outro relacionamento. Já Thiago, estava noivo de outra mulher. A polícia ainda não sabe o que motivou o crime.

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