Atualização: Às 17h30 desta sexta-feira (03) foi feita uma atualização na matéria, a pedido do coronel Douglas Caus, comandante da PM, que retificou a informação publicada por ele em uma rede social, sobre o vazamento de dados do Ciodes.
Comandante da Polícia Militar do Espírito Santo, o coronel Douglas Caus afirmou que o vazamento da ocorrência sobre uma briga entre ele e a esposa é "coisa de bandido" e que "tudo indica ser policial". A declaração foi dada pelo coronel ao responder a um comentário em seu perfil no Instagram que é aberto ao público que o defendia após a divulgação de dois chamados no Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes) com relatos de supostas agressões cometidas pelo militar.
A Gazeta teve acesso a dois chamados do Ciodes que descreviam que a esposa do coronel Douglas Caus relatou agressões cometidas pelo marido a última ocorrência é da noite da última quarta-feira (02). O filho do casal acionou a polícia relatando que os pais estavam agressivos e que sentiu medo de que algo de pior acontecesse, segundo consta no documento. Já na primeira ocorrência, do dia 24 de dezembro, a própria esposa Renata Christina Pimentel Ramos Caus ligou para a polícia.
A esposa do coronel, no entanto, após o vazamento da ocorrência, negou as agressões e disse que houve apenas discussão. Ela afirmou que mentiu ao relatar, em dezembro, que havia sido agredida.
Nas redes sociais, o coronel Douglas Caus afirmou que entraram no sistema do Ciodes às 11h desta quinta-feira (03) e fotografaram a ocorrência que ele afirma ter sido uma "discussão em família".
"Isso é coisa de bandido, que tudo indica deve ser policial, pois só policiais têm acesso ao sistema Ciodes. O nosso serviço está incomodando a bandidagem", respondeu o comandante ao comentário de um seguidor, que também é policial e elogiou o chefe da PM em uma postagem feita por Caus com uma foto do coronel com a esposa e os filhos.
Após reportagem publicada, o coronel Douglas Caus entrou em contato com A Gazeta, às 17h30, de sexta-feira (04), para retificar as informações relativas ao vazamento de imagens dos dois boletins do Ciodes. Ao contrário do que ele publicou em sua rede social, de que só policiais têm acesso ao sistema Ciodes, o comandante relata ter constatado que o vazamento pode ter ocorrido de qualquer outra unidade operacional.
O vazamento pode ter ocorrido de qualquer unidade operacional da PM que tenha acesso ao sistema ECOPS ou em outras instituições vinculadas ao Ciodes, informou o comandante.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) informou que "no atendimento registrado na última quarta-feira, não houve interesse, por parte da solicitante (esposa do coronel), em comparecer à unidade de polícia judiciária para apuração dos fatos".
Um procedimento apuratório foi aberto na Delegacia de Atendimento à Mulher de Vila Velha, onde as partes serão ouvidas: "E a autoridade policial vai identificar a necessidade, ou não, de abertura de inquérito policial", diz o texto da nota.
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