Com o coração dilacerado, o pai da jovem de 25 anos, assassinada a facadas em Vila Capixaba, Cariacica, na noite desta terça (09), pediu justiça contra o ex-namorado da vítima, Rodrigo Pires Rosa, que é o principal suspeito de cometer o crime. Luana Demonier, de 25 anos, foi morta enquanto voltava para casa.
O pai dela, o microempresário Adilson Nunes, contou que a filha já foi ameaçada várias vezes pelo suspeito, que tem histórico de ameaças a outras ex-namoradas.
Essa não foi a única tragédia recente da família de Luana. A jovem perdeu a filha no ano passado, que morreu aos 5 meses de idade vítima de uma parada cardiorrespiratória. A criança era filha de Luana com o suspeito do crime.
Segundo a família, o suspeito abandonou Luana e a filha deles assim que a criança nasceu, em janeiro do ano passado.
Segundo a Polícia Civil, o assassinato ocorreu por volta das 19h, quando Luana voltava do trabalho. Enquanto fazia o trajeto, a jovem, que tinha medida protetiva contra o suspeito, recebeu uma mensagem do ex-companheiro, que afirmava que iria matá-la.
Ao chegar em uma rua do bairro Vila Capixaba, onde morava, foi surpreendida por ele, que a golpeou com cerca de 15 facadas, informou a polícia. Luana morreu no próprio local.
A Polícia Civil informou em nota que o suspeito era alvo de investigações da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Cariacica desde 2015, e responde a oito inquéritos policiais instaurados nesta unidade, por crimes relacionados a violência doméstica. Em um desses episódios, Rodrigo foi flagrado por uma câmera correndo atrás de uma outra ex-companheira com uma faca.
Em 30 de julho de 2020, ele foi preso em flagrante pelo crime de ameaça e encaminhado ao Centro de Triagem de Viana, mas ganhou liberdade no dia 3 de setembro.
As investigações da Polícia Civil geraram mandados de prisão em desfavor do investigado. Ele era um dos alvos na última edição da Operação Maria’s, realizada em dezembro de 2020, e não foi localizado na ocasião. Em janeiro, novas diligências foram realizadas, mas ele não foi encontrado. Após tomar conhecimento da ordem de prisão, segundo a Polícia Civil, o investigado passou a viver em condição de andarilho, sem endereço fixo, o que dificulta sua localização.
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