O jovem Matheus Gonçalves Jadjich, de 18 anos, morto em um bar na Serra após o jogo do Flamengo no Mundial de Clubes, no último sábado (21), foi assassinado por ter amizade com traficantes. A afirmação é do titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, Rodrigo Sandi Mori, que investiga o crime. O autor dos disparos, identificado como Luian Carlos Laudelino da Silva, 20, foi preso nesta sexta-feira (27).
Segundo a Polícia Civil, Matheus não tinha envolvimento com o tráfico de drogas. Ele não tinha passagens pela polícia e trabalhava com carteira assinada em um supermercado em São Marcos, também na Serra. Apesar disso, a vítima andava com traficantes do bairro. Isso fez com que criminosos de uma gangue rival, em Santo Antônio, acreditassem que ele fazia parte do crime.
"O Luian achava que pelo fato do Matheus ter amizade com traficantes, ele também fazia parte do tráfico. Mas ele não tinha nenhum tipo de envolvimento. Matheus foi morto por andar com as pessoas erradas, acabou pagando com a vida sem dever nada", explicou o delegado.
Matheus estava no bar com amigos quando foi assassinado com 11 tiros, oito deles nas costas. No local havia cerca de 300 pessoas. À polícia, Luian contou que não planejou o crime.
Uma mulher que estava no local acabou sendo atingida por três balas perdidas, segundo a polícia. Ela foi socorrida, levada para o hospital e passa bem. Já Luian fugiu de moto após o crime.
Luian foi preso na manhã desta sexta-feira (27) no bairro São Pedro III, em Vitória. Ele estava escondido na casa de parentes e tentou correr da polícia, mas acabou detido. Na delegacia, ele confessou o crime, mas disse que matou Matheus porque o jovem tinha atirado contra ele três dias antes. A polícia, porém, não acredita nesta versão.
"Este fato relatado pelo Luian não ficou comprovado, além de não ter tido nenhum tipo de registro de ocorrência de disparos. É uma versão que é sustentada apenas por ele. Para a polícia, Matheus foi morto por causa da rivalidade do tráfico, por ter amizade com traficantes e andar com eles", finalizou o delegado Sandi Mori.
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