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Jovem de 16 anos morre após passar mal durante rave em Vila Velha

Jovem de 16 anos morre após passar mal durante rave em Vila Velha

Adrielly Duarte de Oliveira foi levada às pressas ao posto médico do festival no último domingo (24) e transferida para um hospital, onde acabou morrendo. Família diz que foram encontradas ecstasy e outras drogas no corpo dela

Publicado em 27 de abril de 2022 às 13:40

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Rave
Adrielly Duarte de Oliveira, de 16 anos, morreu após passar mal em uma festa rave e ter uma overdose em Vila Velha. (Arquivo pessoal)

Uma adolescente de 16 anos morreu após passar mal durante uma rave realizada no último final de semana na Barra do Jucu, em Vila Velha. Adrielly Duarte de Oliveira, que apresentava sinais físicos anormais, foi levada às pressas ao posto médico do local.

Segundo a família e também por relatos de pessoas que presenciaram a cena e compartilharam em redes sociais, a jovem teve uma overdose causada pelo uso de substâncias como ecstasy e outras drogas sintéticas. A forma como a vítima fez uso das drogas ainda não foi esclarecida.

Em entrevista à reportagem de A Gazeta nesta quarta-feira (27), a mãe da jovem, Maria Rosemere Duarte, contou que a filha foi à festa sem o consentimento dela. Ela disse ainda que Adrielly morava em Governador Valadares, em Minas Gerais, mas estava provisoriamente em Cariacica na casa de uma irmã.

"Ela estava morando aqui com uma irmã. A Adrielly veio para ajudar essa minha outra filha. Nisso, no sábado, ela foi nesta festa sem me pedir ou avisar. Falei com ela na noite de sábado (23) quando ela já estava lá. Pedi que saísse de lá, pois eu não gosto desse tipo de festa. Além disso, a Adrielly estava com passagem marcada para voltar na segunda. Não era para ela ter ido e eu não teria deixado", contou Rosemere, que veio para o ES no dia seguinte ao fato.

"Quando fui liberar o corpo da minha filha, me disseram que encontraram um monte de droga nela. Não sei de nada dessas coisas, mas me contaram que havia sinais de ectasy e de um 'quadradinho' (LSD - Dietilamida do Ácido Lisérgico). Não sei como ela usou isso, deram essas coisas para ela lá. Mataram minha filha", complementou a mãe.

NA FESTA

Por ser menor de idade, Adrielly não poderia ter entrado na rave, entretanto, a adolescente utilizou uma identidade falsa, fato que deixou a mãe ainda mais intrigada. "Eu não sei como ela conseguiu isso (documento falsificado) e como que deixam uma menina entrar", explicou Rosemere.

Adrielly foi de van para o local da rave na companhia de outras pessoas. Após passar na portaria com a identidade falsa, a jovem curtiu o festival, quando, por volta das 19h, recebeu uma ligação da mãe e contou que estava naquele local. Após mais de 15 horas do contato de Rosemere, perto do meio-dia de domingo, ela começou a se sentir mal e foi conduzida ao posto médico do festival.

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Nas redes sociais, a morte de Adrielly foi muito comentada por outras pessoas que foram ao festival. (Reprodução/Twitter)

No relatório pré-hospitalar do atendimento realizado, consta que ela deu entrada no posto com sinais de sudorese (suor contínuo decorrente da alta temperatura corporal), fadiga respiratória, dissaturação 92% (baixa presença de oxigênio no sangue). Consta ainda que a adolescente chegou ao local acordada, apresentando quadro responsivo, abertura ocular espontânea e com baixa de inconsciência.

Após o primeiro atendimento, Adrielly foi levada de ambulância com suporte de oxigênio até a Unidade de Saúde Zilda Arns, em Riviera da Barra. Devido à piora do quadro clínico dela, após chegar na UPA, ela foi transferida ao Hospital Antônio Bezerra de Faria, também em Vila Velha, onde foi a óbito.

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O relatório do atendimento feito na adolescente deu detalhes do quadro de como ela chegou após fazer uso de drogas na rave. (Divulgação)

Em contato com a produção da TV Gazeta, a organização do Festival Equilibrium disse que o acesso ao evento é feito exclusivamente por meio de ingresso nominal e com conferência do documento de identificação. Todo o procedimento de entrada foi registrado em imagens. Os organizadores informaram ainda que a jovem, assim que deu entrada no posto de atendimento, foi logo socorrida e transferida para uma unidade hospitalar para receber um suporte mais adequado diante da gravidade que Adrielly se encontrava.

POLÍCIA CIVIL

Demandada por A Gazeta, a Polícia Civil disse, em nota que o Serviço de Transporte de Cadáver foi acionado pelo Hospital Antônio Bezerra de Faria, na noite do último domingo (24). O corpo foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser identificado e para ser feito o exame cadavérico, que irá identificar a causa da morte. O procedimento foi encaminhado para a Divisão de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), que aguarda os resultados dos exames.

Três dias após o óbito, a reportagem questionou quais drogas foram encontradas no corpo da adolescente, já que a mãe alega que recebeu a informação da polícia das tais substâncias presentes no corpo da filha, mas até o momento não houve uma explicação da PC. Também foi questionado se a morte de Adrielly já possui alguma linha investigativa, porém o questionamento também não foi esclarecido.

SEPULTAMENTO

Ainda sobre o impacto da perda repentina da filha, Rosemere chegou ao Estado na última segunda-feira (25) e sepultou Adrielly no Cemitério Jardim da Saudade, em Cariacica.

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