A jovem Ludiane Braz Corrêa, de 20 anos, tentava pôr fim ao casamento. Mas, na noite de sexta-feira (23), foi morta a facadas, dentro de casa, pelo marido Leonardo Alves Soares, 23 anos.
O crime aconteceu no bairro Oriente, em Cariacica. Segundo familiares, Leonardo não aceitava a separação. Ele foi preso.
O casal estava junto há pouco mais de um ano e, de acordo com a família, Ludiane era agredida constantemente. Por isso, queria se separar. Na noite de sexta-feira, as agressões começaram quando a vítima estava fazendo comida.
"Ele pegou ela de costas e começou a bater nela, dar soco nela. Na hora, eu liguei para a mãe dele. Ele falou que não era para ninguém se intrometer. Quando eu vi, ele já estava com a faca na mão", contou uma irmã de Ludiane, que não quis se identificar, em entrevista para a repórter Daniela Carla, da TV Gazeta.
Ela ainda contou que Ludiane gritou pedindo ajuda. "Eu ouvi ela gritando "Irmã, irmã, pede socorro porque o Leonardo me furou". Quando eu fui para o quarto, minha irmã já estava toda esfaqueada na cama. Ele veio para o meu lado e eu saí correndo para a rua", lembra.
Os vizinhos colocaram Ludiane em um veículo de aplicativo e a levaram para o Pronto Atendimento de Alto Lage, onde ela chegou já sem vida.
Domingo seria o primeiro Dia das Mães de Ludiane, que tem um bebê. E vai ser o primeira data em que a mãe dela passa sem um dos filhos. "Vou passar o Dia das Mães de desgosto, eu criei meus filhos todos unidos, juntos", desabafou dona Maria.
Leonardo foi preso no local do crime. Segundo a Polícia Civil, ele foi conduzido ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP). A repórter Daniela Carla, da TV Gazeta, tentou conversar com Leonardo quando ele saía do Departamento Médico Legal (DML). Contudo, ele não respondeu aos questionamentos. Confira no vídeo:
Leonardo foi autuado em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil, contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio). Ele foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana.
Tia de Ludiane, Sirlene fez um apelo à Justiça. "Seu juiz, eu não estou ensinando o trabalho ao senhor, mas eu peço justiça. É uma vida que foi embora e um filho que chora pela mãe", disse.
"Ele tirou uma vida, um sonho, deixou um filho de um ano chorando pela mãe, que mama no peito. Do nada, um camarada acha que é dono e tira a vida de uma pessoa. E a gente sabe que ele vai ficar um tempo e vir pra rua. Será que ele vai precisar de matar mais outra pessoa?", questionou.
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