A jovem Thamyris Alexandra Virgulino Pascoal, cujo corpo foi encontrado em cova rasa em uma área rural, próximo a uma região de mata, em Marilândia, pode ter sido morta por asfixia mecânica causada por um golpe de mata-leão. A informação é do delegado responsável pelo caso, Leonardo Ávila.
De acordo com o delegado, não foi possível concluir a causa da morte de Thamyris devido ao avançado estado de decomposição do corpo. Apesar disso, o laudo cadavérico apontou informações importantes para as investigações, como uma lesão no lado direito do rosto da jovem, que, segundo Leonardo Ávila, pode ter sido produzida por uma pancada. A polícia também aguarda o resultado do exame toxicológico da vítima.
A polícia acredita ainda que Ivanildo Pereira da Silva, que confessou ter enterrado o corpo da jovem, estaria fornecendo drogas em troca de relações sexuais.
"A hipótese mais plausível é que ele tenha fornecido droga para Thamyris em troca de relações sexuais. A partir do momento que ela negou, ele pode ter ficado nervoso, a agredido e a matado utilizando a asfixia", comentou o delegado.
Na tarde de segunda-feira (15), a Polícia Civil localizou e prendeu o segundo suspeito de de participar da morte da jovem. Bruno da Conceição, de 27 anos, negou a participação na morte da vítima, mas confessou ter auxiliado na ocultação do corpo de Thamyris.
Segundo a corporação, as investigações do crime indicaram que Ivanildo não agiu sozinho e teria contado com a ajuda de, pelo menos, mais uma pessoa. De acordo com Leonardo Ávila, foram analisados diversos elementos para chegar a um segundo suspeito, como a profundidade da cova, o local onde a cova estava, a forma como ela foi cavada e também o fato de Ivanildo estar com a clavícula quebrada.
Ainda segundo o delegado, após o crime, Ivanildo permaneceu escondido na casa de Bruno por dois dias. Conforme o responsável pela investigação do caso, Bruno alegou que Ivanildo pediu ajuda a ele na terça à noite.
"Ele [Bruno] veio da casa dele até um local próximo ao Centro de Marilândia. Ele também veio com o carro, já com as ferramentas utilizadas no crime, que, segundo ele, foi uma enxada e um pedaço de foice, que foi utilizada como cavadeira. Ele trouxe essas ferramentas da casa dele e buscou Ivanildo próximo ao Centro de Marilândia", disse Leonardo Ávila.
Bruno disse às autoridades policiais que, após isso, Ivanildo mostrou o local onde o corpo estava, às margens da ES 356, próximo a uma casa abandonada. Junto com Ivanildo, Bruno pegou o corpo de Thamyris, colocou no porta-malas do carro e, de lá, levaram até o local da cova, onde cavaram, enterraram e camuflaram a cova.
"Dali, eles partiram diretamente para a casa do Bruno, onde o Ivanildo permaneceu escondido por dois dias", acrescentou o delegado.
Segundo Leonardo Ávila, Bruno não tinha passagens anteriores pela polícia. Os próximos passos da investigação será ouvir Ivanildo, para confrontar a versão dada por Bruno. A polícia também irá juntar os laudos periciais e ouvir outras testemunhas. A previsão é de que o inquérito seja finalizado em até 30 dias.
O corpo da jovem Thamyris Alexandra Virgulino Pascoal, de 18 anos, que estava desaparecida desde a última terça-feira (9), foi encontrado na zona rural de Marilândia, no Noroeste do Espírito Santo, na manhã da última sexta-feira (12). A informação foi confirmada pela Polícia Militar. Segundo a corporação, o suspeito da morte, identificado como Ivanildo da Silva, foi preso antes, na noite de quinta-feira (11), em Ecoporanga, e confessou o crime.
A vítima era moradora do bairro Santa Cecília, em Marilândia, e tinha dito à família que iria dormir na casa de uma amiga e desde então não foi mais vista. A família de Thamyris pediu ajuda pelas redes sociais para que a jovem fosse encontrada.
A amiga disse para os parentes da jovem que ela tinha ido para a casa de Ivanildo. A polícia analisou o celular da amiga e encontrou o de Thamyris, possibilitando localizar o suspeito.
*Com informações da repórter Carolina Silveira, da TV Gazeta
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