Um jovem de 22 anos levou quatro tiros durante um baile funk clandestino, na noite desta-sexta (8), em Jaburu, Vitória. Ele estava com outros dois amigos na festa quando homens armados chegaram dando chutes e socos nos três. A polícia acredita que dois corpos encontrados na manhã deste sábado (9), em Joana D'arc, também na Capital, sejam dos outros dois rapazes.
De acordo com a Polícia Civil, a vítima baleada foi socorrida e encaminhado ao Hospital de Urgência e Emergência. Segundo os investigadores, o rapaz é de fora do Estado e foi convidado pelos colegas. Os outros dois jovens, ainda não identificados pela polícia, moravam em Vila Nova de Colares, na Serra.
Os três teriam ido a um baile conhecido como Mandela. À polícia, o jovem relatou que estava na festa dançando com os amigos quando homens armados chegaram e os agrediram. O trio foi afastado do local e os suspeitos começaram a atirar contra as vítimas. A polícia acredita que seja pelo fato de eles não serem da região.
Segundo investigadores, o rapaz baleado levou dois tiros no ombro, um na coxa direita e outro na coxa esquerda. O jovem conseguiu fugir. Ensanguentado, desceu o morro e pediu ajuda na Avenida Leitão da Silva, também na Capital. Para a polícia, ele contou que apesar de ter conseguido fugir, os dois amigos ficaram como reféns.
Na manhã deste sábado, a polícia foi acionada pois dois homens foram encontrados por volta das 5h40, na rua Osias Sarmento, em Joana D'arc.
Investigadores disseram que os dois homens têm entre 18 e 25 anos. As vítimas estavam com marcas de disparo de arma calibre 12 e de pequeno porte.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a perícia foi acionada e relatou que a execução dos jovens não foi em Joana D'arc, pois no local não haviam marcas de sangue ou projétil. A suspeita é de que eles tenham sido assassinados em outra localidade e deixados no bairro.
As vítimas estavam sem identificação. Os corpos foram encaminhados ao Departamento Médico Legal (DML). Acreditando na possibilidade dos jovens serem amigos do jovem baleado, a polícia investiga a ligação entre os casos e motivação dos crimes.
A equipe de reportagem esteve na região onde aconteceu o baile funk. Com medo, moradores preferiram não se identificar, mas contaram que a festa teria acontecido na parte baixa do bairro, e que por volta da meia-noite ouviram disparos de arma de fogo.
Questionada sobre a festa clandestina, a Polícia Militar informou que tem atuado constantemente na repressão essas festas, em ações planejadas, com apoio da Polícia Civil e da Guarda Municipal.
A polícia destacou ainda que o número de pessoas que geralmente participa desse tipo de festa clandestina, com o dificultador da localidade como área elevada, sem referência exata do local, exige planejamento prévio para que as ações possam ser executadas com efetividade e proporcionalidade de uma eventual necessidade do uso de força.
A PM solicita que os moradores denunciem os responsáveis pela organização desses bailes clandestinos, antes que aconteçam, para que as forças de segurança possam atuar dentro do tempo hábil necessário.
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