A polícia divulgou o resultado das investigações sobre a morte de Lucas Maximiliano de Oliveira, de 22 anos, executado com um tiro na cabeça em agosto deste ano, na Escadaria Ranulpho Gianordoli, na região do Centro de Vitória. De acordo com o delegado Moreno Gontijo, o jovem foi assassinado porque, durante uma festa, falou que conhecia integrantes do Primeiro Comando de Vitória (PCV) e o chefe da facção, Fernando Moraes Pimenta, o Marujo. O problema é que ele disse isso em um território que é rival do PCV. Criminosos ouviram e fizeram uma emboscada.
Segundo as investigações, Lucas estava bebendo com amigos e a namorada em um bar do Centro de Vitória. Lá, começou a falar que conhecia Marujo e outros traficantes. Criminosos que atuam no Morro da Piedade, rival do PCV, ouviram. Neste momento, eles se aproximaram do jovem e se passaram por amigos, chamando o rapaz para usar drogas na parte alta do bairro.
Uma câmera de videomonitoramento flagrou esse momento, de Lucas e os quatro suspeitos subindo a escadaria (confira acima). No local havia várias outras pessoas. Em cerca de dois minutos, tudo acontece. "Quando chegaram na metade da escadaria, eles cercaram e executaram a vítima com um tiro na cabeça, mostrando menosprezo total pela vida humana", destacou o delegado.
Três dos quatro suspeitos foram identificados pela Polícia Civil. São eles:
O quarto suspeito, que aparece de boné nas imagens (veja abaixo), ainda não foi identificado. A polícia pede ajuda com informações, que podem ser repassadas através do Disque-Denúncia, no telefone 181 ou no site disquedenuncia181.es.gov.br.
Gleidson e Estevão foram presos no dia 17 de outubro, no Morro da Piedade, em cumprimento a mandados de prisão durante uma operação conjunta entre as polícias Civil e Militar. Higor segue foragido. Durante a ação de outubro, outro suspeito ainda foi capturado, em flagrante, com uma submetralhadora, drogas e munições — esse detido não tinha a ver com o crime de agosto.
Conforme as investigações, Lucas era natural de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, mas já tinha morado em Guarapari e no Rio de Janeiro. "A vítima já participou do tráfico de drogas, mas a gente acredita que ele tenha falado do Marujo e do PCV mais para contar vantagem, porque ali era um momento de lazer, ele não estava traficando naquele momento", ponderou o delegado Moreno.
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