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Adolescente foi morto com tiro de fuzil AR-15 em operação policial

Adolescente foi morto com tiro de fuzil AR-15 em operação policial

Relatório policial relata que equipe do Core cumpria mandados de prisão na região do Bonfim.  Policiais informaram  que avistaram a presença de "indivíduos portando armas de fogo longas" e que eles "passaram a efetuar novos disparos"

Publicado em 14 de fevereiro de 2020 às 19:38

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Caio Matheus Silva Santos, jovem morto durante operação em Vitória. (Reprodução)

Jovem morto no bairro Bonfim, em Vitória, foi  atingido com tiro de fuzil AR-15, calibre 5,56. É o que aponta o relatório da ocorrência policial a que a  reportagem teve acesso. O fato aconteceu durante uma operação da Polícia Civil para cumprimento de mandado de prisão. No documento os policiais relatam a presença de "indivíduos portando armas de fogo longas" na região e que eles "passaram a efetuar novos disparos".

O jovem morto era Caio Matheus Silva Santos, 17 anos, era morador do Bairro da Penha. Segundo o relatório policial, ele foi avistado com outras três pessoas no alto de uma pedra, "a uma distância aproximada de 400 metros" do local onde se encontrava a equipe do Core, da Polícia Civil.

Os policiais relatam que por volta das 7h25 se dirigiram ao Bairro Bonfim, com a finalidade de cumprir  mandado de prisão contra uma pessoa que estaria na região, e que responde por homicídio, tráfico de drogas e armas. Como o mandado não foi cumprido, o nome não será informado pela reportagem. É destacado no documento que "o local já é publicamente conhecido como região onde ocorre intenso tráfico de drogas e constantes trocas de tiros entre criminosos e a força policial", diz o relato.

Ao se aproximarem do endereço, relatam que a equipe "foi recebida com muitos disparos de arma de fogo, junto de foguetes (fogos de artifício), estes freqüentemente usados pelos traficantes para encobrir e disfarçar os primeiros", diz o texto.

Equipe do Core  realizava operação de cumprimento de mandado de prisão no bairro Bonfim. (Vitor Jubini)

Na sequência, a equipe do Core se dirigiu ao endereço do mandado de prisão, e enquanto identificava o imóvel, avistou quatro pessoas no alto de uma pedra. "Foi avistado no alto de uma pedra, a uma distância aproximada de 400 metros, cerca de 04 (quatro) indivíduos portando armas de fogo longas, aparentemente de grosso calibre, os quais passaram a efetuar novos disparos em direção aos policiais, exigindo que estes buscassem por abrigo", diz o texto do relatório.

É relatado ainda pela equipe que os disparos não cessaram e que decidiram revidar para a "continuidade das diligências e mesmo para a saída da equipe do local, visando repelir a injusta agressão".

Foi dado então um tiro de fuzil calibre 5,56. Um policial, segundo o relato, "efetuou 1 (um) único disparo em direção ao grupo de criminosos, os quais imediatamente cessou os tiros e se evadiu da região onde estavam. Em razão da distância e da vegetação, não foi possível visualizar se algum deles foi ferido", diz o texto.

SEM PRISÃO

A equipe de policiais não conseguiu localizar a casa da pessoa que teria que ser presa, no cumprimento do mandado de prisão. É relatado que diante do confronto, foram realizadas buscas nas imediações para localizar  quatro pessoas que dispararam do alto da pedra. "Em razão da distância que inicialmente se encontravam, a necessidade de deslocamento com cautela e o local ser de difícil acesso, nenhum deles foi encontrado", relatam

Às 8h, a equipe deixou a região, seguindo para a verificação de outra informação em Vila Velha. No relatório, os policiais afirmam que ao deixarem o Bairro Bonfim não havia a comunicação de que uma pessoa tinha sido atingida por tiro, e que só tomaram conhecimento do fato às 11h45. Foi neste horário, diz o relato, que a "equipe veio a tomar conhecimento de que o indivíduo Caio Matheus Silva Santos havia dado entrada mais cedo no hospital São Lucas e falecido em razão de disparo de arma de fogo, supostamente enquanto estava no alto de uma pedra no bairro Bonfim", diz o texto. 

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