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Ex-aluno invade escola em Jardim da Penha, Vitória, com armas brancas

Ex-aluno invade escola em Jardim da Penha, Vitória, com armas brancas

"Queria aloprar uma galera", disse ao ser detido. Há informações de uma criança ferida no rosto

Publicado em 19 de agosto de 2022 às 15:00

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Ex-aluno invade escola em Vitória com flechas, faca e bombas caseiras

Um jovem foi detido depois de invadir uma escola em Jardim da Penha, em Vitória, com armas brancas, que estavam em uma mochila que foi deixada do lado de fora do colégio, na tarde desta sexta-feira (19). Uma criança ficou levemente ferida no rosto.

No momento em que o suspeito era detido, disse que "queria aloprar uma galera". 

ALUNOS FIZERAM BARRICADA COM CARTEIRAS 

Ainda segundo apuração do repórter João Brito,  TV Gazeta, que esteve no local, o jovem conseguiu entrar em uma das salas, assustou crianças e ameaçou um professor de Educação Física.

Alunos de outras salas do colégio fizeram barricadas com carteiras para impedir a entrada do suspeito.  Em seguida, o homem pulou o muro para fora da escola para tentar pegar a mochila com as bombas, mas percebeu que havia uma grande movimentação de pessoas e entrou novamente no colégio. Neste momento, ele foi contido.

QUEM É O SUSPEITO?

Segundo a Polícia Civil, o detido tem 18 anos, mas a ocorrência ainda está sendo confeccionada pela PM para ser entregue no plantão vigente da Delegacia Regional de Vitória.

"Somente após a ocorrência ser entregue e a finalização das oitivas da ocorrência teremos informações do procedimento que será adotado pelo delegado plantonista com o detido", finalizou.

Policiais militares disseram à reportagem da TV Gazeta, que o jovem é ex-aluno da escola. O nome dele, porém, não foi divulgado. 

O QUE DIZ A PREFEITURA DE VITÓRIA

Procurada pela reportagem de A Gazeta no início da tarde, a Prefeitura de Vitória informou, por volta das 17h30, que agentes da Guarda Municipal permanecem patrulhando o local para garantir a segurança dos servidores e estudantes. Disse ainda, em nota, que fará instalação de uma concertina, uma espécie de arame, no portão do corredor de serviços, local onde ex-aluno passou durante invasão.

Uma equipe da Secretaria de Educação foi ao local para apurar os fatos e dar suporte à comunidade escolar.

Prefeitura de Vitória | Nota na íntegra

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (Semsu) informa que tão logo acionada, a Guarda Civil Municipal de Vitória (GCMV) enviou equipes ao local para acompanhar a Polícia Militar, que deteve o aluno e está à frente da ocorrência. Balestra, coquetel molotov e facas foram apreendidos com o suspeito. 

Agentes da GCMV permanecem patrulhando o local e realizando ponto base para garantir a segurança de servidores e estudantes.

Uma equipe técnica da Secretaria de Educação (Seme) está no local para apurar os fatos e dar todo suporte à comunidade escolar. Os estudantes, profissionais e colaboradores estão sendo acolhidos e já na segunda-feira será iniciado um trabalho de práticas restaurativas.

O estudante que teve o rosto arranhado foi acolhido e, após a detenção do suspeito, a família foi chamada à unidade de ensino. A mãe da criança foi acolhida e orientada a registrar Boletim Unificado. 

O suspeito tentou invadir a escola pelo portão e teve acesso negado pelo porteiro. O cidadão tentou forçar o portão a abrir, mas teve as tentativas frustradas pelo profissional na portaria. 

Depois disso, o mesmo escalou a grade externa da escola, que dá acesso a um corredor de serviços. Após esse corredor, ele conseguiu acessar as dependências da unidade de ensino. 

Desse portão, que dá acesso ao pátio, ele foi visto por servidores, que correram para a sala dos professores e se fecharam lá, passando a avisar os demais profissionais da escola para trancarem suas salas de aula. 

A Secretaria de Educação já fez uma vistoria técnica na unidade de ensino e, neste fim de semana, fará a instalação de uma concertina no portão do corredor de serviços.

Nota da Redação

A Gazeta não vai publicar detalhes sobre o ataque e sobre o autor seguindo recomendações de especialistas, em atenção ao chamado “efeito contágio”. Para os estudiosos, quando a mídia publica esse tipo de informação, aumenta a possibilidade de imitadores do ato, em busca de visibilidade e notoriedade. Este é geralmente um dos objetivos dos agressores, que passam a ser idolatrados por outros indivíduos propensos à promoção de novos massacres.

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