O jovem Breno Rezende de Carvalho, de 25 anos, morto em frente a um bar após discussão sobre pagamento de uma cerveja de R$ 16, na Rua da Lama, em Jardim da Penha, em Vitória, na madrugada deste sábado (15), vivia um momento de realização pessoal e profissional, segundo familiares. Ele morava em Goiabeiras com a avó e dois irmãos.
O velório do jovem começou na noite de sábado, no Cemitério Parque da Paz, no bairro Civit II, na Serra, e o enterro aconteceu neste domingo.
Com formação em Tecnologia da Informação (TI), Breno havia montado sua empresa neste ano e estava na expectativa de dar início ao primeiro contrato de prestação de serviço firmado por seu empreendimento. Segundo Lucas Oliveira de Carvalho, 31 anos, primo de Breno, o jovem estava feliz pela nova fase de sua vida.
Ainda conforme Lucas Oliveira, a mãe de Breno morreu em 2021, por complicações da Covid-19. Os dois irmãos eram fruto de um segundo relacionamento da mãe dele.
"Para a avó materna, ele era aquele neto criado como filho. Ele sempre morou com ela. Quando perdeu a mãe por conta da pandemia, em 2021, o Breno passou um período muito complicado, porque ele era o filho mais velho e temia pelo futuro dos dois irmãos mais novos. No entanto, conseguiu superar esse período e seguir a vida", conta Lucas, primo de Breno por parte de pai.
A auxiliar administrativo Gisele Fernandes Dutra, 47, é amiga da família de Breno há mais 30 anos. Em função da proximidade, ela o tratava como sobrinho. Muito abalada, Gisele também conversou com a reportagem na tarde deste sábado e afirmou que toda a família do jovem está, segundo ela, em "estado de choque".
"Conheci o Breno antes mesmo do nascimento, porque acompanhei toda a gravidez de sua mãe. Vi ele crescer. Era como um sobrinho para mim. A mãe dele foi minha melhor amiga, e a morte dela já havia sido uma grande perda para todos nós. Agora, acontece isso (choro).
Breno Rezende de Carvalho foi morto uma facada na madrugada deste sábado (15) em frente a uma bar, após discussão sobre pagamento de uma cerveja de R$ 16, na Rua da Lama, em Jardim da Penha, em Vitória
O suspeito de ser autor do crime seria um funcionário de um bar próximo ao local do crime e teria fugido da cena do homicídio numa picape branca.
Conforme boletim de ocorrência da Polícia Militar, a corporação foi acionada por volta das 4h40 para atender à ocorrência. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram uma aglomeração de pessoas e Breno caído no chão, amparado por uma mulher. A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-192) foi acionada e constatou o óbito.
Um jovem de 25 anos, que preferiu não se identificar, contou que o suposto autor do crime seria empregado do bar Sofá da Hebe, um dos mais movimentados da região. Breno, que estava no estabelecimento, conforme a testemunha, teria sido acusado pelo suspeito de consumir e não pagar uma cerveja.
Após a primeira briga, já em outro momento da noite, o suspeito foi atrás da vítima em um outro bar da Lama. Após nova discussão, o suspeito deu uma facada em Breno. "O homem entrou no carro e sentou no banco do carona. Já tinha outra pessoa esperando para eles fugirem", disse o jovem.
A Polícia Civil informou que o caso seguirá sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória. Até o momento, nenhum suspeito foi detido. O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica, onde passou por necropsia antes de ser liberado para os familiares.
A PC reforçou que informações podem ser compartilhadas de forma sigilosa por meio do Disque-denúncia (181), que é uma linha de contato gratuita, disponível em todos os municípios do Estado. As informações passadas pela comunidade podem ser cruciais para o avanço das investigações.
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