Sete meses após atropelar dois vizinhos durante uma briga por causa de som alto em Cidade Continental, na Serra, Márcio Tyrone Conti de Amorim, de 22 anos, segue foragido. O fato ocorreu em 31 de março deste ano e, na ocasião, uma das vítimas morreu. Em 13 de maio, um mandado de prisão preventiva foi expedido contra ele pelo crime e, desde então, o jovem é procurado pela polícia.
Procurada por A Gazeta para falar sobre as investigações, a Polícia Civil informou nesta terça-feira (25) que as informações sobre o caso foram divulgadas em coletiva de imprensa no dia 2 de junho, com a conclusão do inquérito policial.
"O acusado está com prisão preventiva decretada, porém ainda não foi preso. A partir da expedição dos mandados pelo Judiciário, qualquer agência de segurança pode cumprir a prisão. Até o momento, não houve cumprimento do mandado por meio da Polícia Civil. O suspeito encontra-se foragido", disse a corporação, em nota.
A defesa de Márcio Tyrone Conti de Amorim foi procurada pela reportagem nesta quarta-feira (26) para se manifestar sobre o caso e, assim que houver retorno, este texto será atualizado.
Câmeras de segurança flagraram quando Márcio Tyrone Conti de Amorim, de 22 anos, acelerou o carro e atingiu duas pessoas no bairro Cidade Continental, na Serra. O atropelamento proposital aconteceu no dia 31 de março deste ano e tirou a vida de Francisco Carlos do Nascimento, de 63 anos.
O resultado do inquérito que investigou o caso foi divulgado no dia 2 de junho pela Polícia Civil. Investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra apontaram que ele ocultou provas do crime.
Márcio Tyrone Conti de Amorim atropelou Francisco Carlos do Nascimento, de 63 anos e a mulher dele, a diarista Jovita Pires, após uma briga no bairro Cidade Continental, na Serra, por causa de som alto. O atropelamento foi registrado por uma câmera de videomonitoramento.
Jovita foi ferida de raspão, mas Francisco não resistiu aos ferimentos e morreu após diversas paradas cardíacas no hospital.
Durante a coletiva de imprensa em que a conclusão do inquérito foi divulgada, o delegado Daniel Fortes disse que Francisco foi atropelado por Márcio enquanto tentava separar a briga, sem chance de defesa.
"No dia dos fatos, estava ocorrendo uma confusão entre os vizinhos no bairro em função de som alto e barulho de motocicleta. O Márcio, amigo de um dos indivíduos que estavam na confusão, usou o seu carro para atropelar o senhor. Ele estava de costas, não oferecia risco e nenhum tipo de perigo. Estava dando um apoio para amenizar aquela situação no momento do atropelamento", explicou o delegado.
De acordo com o delegado Rodrigo Sandi Mori, titular da DHPP da Serra, além de fugir após o atropelamento e de não se apresentar em nenhuma delegacia para se explicar, Márcio ocultou provas.
"Desde o cometimento do crime, ele não se apresentou em nenhuma delegacia para tentar justificar ou diminuir as consequências do seu ato. Ele ocultou todas as provas, o veículo utilizado no crime. Fizemos todas as diligências possíveis para cumprir o mandado de prisão. Fomos em residências na Serra, Piúma e sequer ele se apresentou na delegacia, mesmo sabendo que a polícia estava atrás dele", disse o delegado Rodrigo Sandi Mori.
O advogado de Márcio chegou a dizer que ele tem problemas mentais, versão contestada pelos delegados na ocasião. O advogado do jovem, Pablo Ramos Laranja, ingressou com quatro pedidos na Justiça relacionados ao caso, incluindo um habeas corpus, mas todos foram negados em junho deste ano.
Segundo a Polícia Militar, no dia do atropelamento, Márcio entrou no veículo durante a confusão na rua e arrancou com o carro para cima do casal.
O impacto da batida foi tão forte que arremessou Francisco para cima e fez o vidro do para-brisa do automóvel trincar. Jovita foi atingida de raspão. Em seguida, o atropelador fugiu do local.
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