O homem suspeito de ter matado um gato a pedrada no início desta semana foi detido na tarde desta quarta-feira (23), no bairro Nova Almeida, na Serra – mesma região em que foi flagrado, por uma câmera de segurança, cometendo o delito. O rapaz tem 19 anos e confessou ter cometido o crime.
De acordo com o delegado Eduardo Passamani, da Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente, o jovem explicou que teria agido de tal forma porque estava irritado por ter perdido um documento de identidade. Apesar da detenção, ele será ouvido e liberado, de acordo com a Polícia Civil.
Testemunhas do crime também foram levadas à delegacia, junto com o suspeito, que não está em situação de flagrante — o que impede a prisão neste momento. O inquérito policial será encaminhado ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES). O jovem de 19 anos será indiciado por maus-tratos aos animais.
A detenção desta quarta-feira (23) contou com o apoio da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus-tratos, da Assembleia Legislativa do Estado (Ales), que já estava a par do caso desde o início da semana e havia acionado a Polícia Civil, assim como a dona do gato que foi morto pelo homem.
O crime aconteceu na última segunda-feira (21), no bairro Nova Almeida, na Serra. A vítima era um gato chamado Nenezinho, que pertencia à técnica em enfermagem Jaciara Correa da Silva. Segundo ela, o animal saía de casa todo dia para esperá-la voltar do trabalho. Neste momento é que ele foi morto.
A câmera de segurança da residência de Jaciara flagrou quando o homem passou pela rua, se agachou, pegou uma pedra e a atirou contra o felino. No início da gravação não é possível ver o animal. Porém, depois, ele aparece agonizando nas imagens — que são fortes e foram editadas (veja abaixo).
"Quando eu cheguei, ele estava deitado no mato. Achei que ele estava dormindo, mas ele estava morto. Fiquei sem acreditar, sem reação. Eu não consegui terminar de assistir o vídeo, só conseguia chorar", relatou a dona do Nenezinho, que, a princípio, não reconheceu o suspeito. A família tinha o gato há dois anos.
A deputada Janete de Sá, que é presidente da CPI dos Maus-tratos, afirmou que "as imagens mostram um crime covarde contra um animal indefeso" e que "uma pessoa capaz de matar um gato dessa maneira brutal pode ser agressivo com outras pessoas". O crime de maus-tratos prevê pena de dois anos a cinco anos de prisão.
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