Há 13 anos, uma família luta para conseguir Justiça para a morte da pedagoga Marcilene Cussuol. Ela foi assassinada a tiros em 9 de abril de 2006. Suspeito pelo crime, o cigano Nestor Ribeiro Dantas, ex-marido da vítima, não compareceu a nenhuma das audiências do caso.
Nesta terça-feira (24), estava marcado um novo julgamento no Fórum Desembargador Santos Neves, em Linhares, Região Norte do Estado. No entanto, a sessão foi adiada mais uma vez.
Antes da hora marcada para o início da audiência, um irmão de Marcilene, Jonas Cussuol, conversou com a TV Gazeta Norte. Ele falou da expectativa de ver o acusado finalmente no banco dos réus.
A família está esperando uma decisão do juiz e que seja definitiva, que ele (Nestor) pague pelo que fez. A família só espera Justiça, porque a gente está sofrendo esses anos todos. A gente espera que ele seja punido pela atitude que tomou, tirando a vida da nossa irmã, disse Jonas na porta do Tribunal do Júri.
AUDIÊNCIA
BATE-BOCA
No horário marcado, às 9 horas, a sessão teve início. Porém, o acusado não apareceu. Quem esteve na audiência foi seu advogado, Homero Mafra. Ele pediu para que o juiz adiasse o julgamento mais uma vez. Ele justificou que uma testemunha não foi localizada.
O pedido da defesa provocou um bate-boca entre Mafra e o promotor Bruno de Freitas. O promotor reclamou que estão "empurrando" o julgamento desde 2006. O advogado ficou alterado com o comentário de Freitas e gritou, pedindo respeito.
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O juiz chamou Mafra e o promotor para conversar reservadamente. Cerca de meia hora depois, todos voltaram ao tribunal e o magistrado anunciou que acatou o pedido da defesa e adiou a audiência mais uma vez. A sessão foi remarcada para o dia 17 de dezembro.
O CRIME
Marcilene foi morta com dois tiros na cabeça dentro de um carro, em Linhares. Nestor é acusado de ter matado a ex-mulher. A vítima tinha 24 anos na época do crime. De acordo com o Ministério Público do Estado (MPES), o suspeito teria matado a pedagoga porque não aceitava o fim do relacionamento. Ele chegou a ser preso, mas responde em liberdade.
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