Nesta terça-feira (18), durante uma sessão de julgamento – júri popular –, o representante do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) pediu um minuto de silêncio em homenagem aos policiais assassinados em Cariacica.
Era um julgamento envolvendo um caso de tráfico de drogas. Logo na sequência, o representante do MPES fez uma fala aos jurados, assinalando que a morte dos soldados representava uma nova modalidade de atuação dos criminosos.
Foi quando explicou que “há alguns anos, quando a polícia chegava em um bairro, os criminosos fugiam com medo de serem presos. Posteriormente, houve uma evolução da criminalidade, que passou a reagir quando a polícia chega, com trocas de tiros que têm sido frequentes. Agora ultrapassaram os limites, e ao invés de reagirem, estão armando emboscada para matar o policial”.
A Gazeta teve acesso à ata do julgamento. O documento mostra que o membro do MPES solicitou que as condolências fossem encaminhadas ao comandante do 7º Batalhão da Polícia Militar, para conhecimento da tropa, e também aos familiares dos soldados Bruno Mayer Ferrani e Paulo Eduardo Oliveira Celini.
Os dois foram mortos após uma perseguição a quatro suspeitos, que se iniciou na Rodovia Leste-Oeste e seguiu até o bairro Santa Bárbara, em Cariacica, no último domingo (16). Segundo as autoridades, eles foram alvo de tiros em uma emboscada. Os dois foram socorridos e encaminhados ao Hospital Meridional, em Cariacica, mas não resistiram aos ferimentos.
Em menos de sete horas após o crime, o grupo suspeito de estar envolvido com as mortes foi preso. Foram detidos Eric da Silva Ferreira, de 45 anos, que dirigia o carro usado pelo grupo durante assalto e tentativa de fuga da polícia. No carona, estava Luana de Jesus Luz, de 26; no banco traseiro, estavam os namorados Eduardo Bonfim Meireles, de 40 anos, e Erica Lopes Ferreira, de 26 anos.
Os enterros dos dois foi cercado de homenagens e muita emoção. Confira os registros:
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