Euclides Gomes da Silva, Elenilson Gomes da Silva e Fernanda Cassa Rodrigues — que era coordenadora do Procon Municipal na época do crime — foram absolvidos das acusações de que teriam mandado matar Dionízio Gonzaga de Oliveira, de 42 anos, diretor do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Nova Venécia em fevereiro de 2021. A sentença foi proferida na tarde desta sexta-feira (25) pelo juiz Ivo Nascimento Barbosa, no fórum do município, no Noroeste do Espírito Santo.
O julgamento teve início na manhã de quinta-feira (24). Após doze testemunhas serem ouvidas, o júri decidiu pela absolvição dos réus, que eram acusados pelos crimes de homicídio qualificado mediante contratação e promessa de recompensa, motivo fútil, e emboscada com recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Segundo a advogada de defesa Jaqueline Cazoti dos Santos, a absolvição ocorreu pela insuficiência e divergência de provas que ligassem os acusados aos dois homens suspeitos de matar Dionízio.
O juiz pediu a expedição dos alvarás de soltura dos acusados. Os três foram presos em julho de 2021. Euclides e Elenilson estavam no Centro de Detenção Provisória de São Domingos do Norte, e Fernanda, na Penitenciária Regional de São Mateus.
A reportagem tenta contato com a família de Dionízio para repercutir a decisão.
Dionízio foi morto a tiros no dia 23 de fevereiro de 2021, quando chegava ao trabalho, no bairro Margareth. Na época, a polícia informou que dois criminosos atiraram contra ele e fugiram, levando o carro do diretor — que foi encontrado abandonado a 3 km do local do crime, no sentido Boa Esperança.
A polícia chegou até os acusados de serem mandantes em julho de 2021, mas no momento da prisão as identidades deles não foram informadas pela Polícia Civil. Fernanda, uma das acusadas de ser mandante, era coordenadora do Procon Municipal. Na ocasião, o delegado Wilian Dobrovoski, que investigava o caso, afirmou que a morte havia sido motivada por “animosidades relacionadas ao trabalho”.
Outro suspeito de envolvimento no crime, identificado como Virgilio Luiz dos Santos Oliveira, que teria dirigido o carro da vítima até o veículo ser abandonado, foi preso três dias após o assassinato e indiciado por homicídio qualificado. O julgamento dele será separado do processo dos supostos mandantes, ainda sem data definida, segundo apuração da TV Gazeta Norte. O atirador não ainda não foi preso.
A versão anterior desta matéria se referia à data em que a sentença foi proferida como sexta-feira (18), e ao dia em que o julgamento teve início como quinta-feira (25). No entanto, o correto é que o julgamento teve início na quinta (24) e a sentença saiu no dia seguinte, sexta-feira (25). O texto foi corrigido.
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