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Justiça absolve mãe e padrasto de criança encontrada morta em Cachoeiro

Justiça absolve mãe e padrasto de criança encontrada morta em Cachoeiro

O julgamento foi nessa terça-feira (16) e, segundo o advogado de defesa Anibal Machado, a decisão considerou que as provas, perícias, depoimentos e documentos não garantiram a culpa do casal

Publicado em 16 de dezembro de 2020 às 22:04

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Luiz Gustavo foi encontrado morto dentro do apartamento onde morava, em um condomínio no bairro Gilson Carone, em Cachoeiro de Itapemirim
Luiz Gustavo foi encontrado morto dentro do apartamento onde morava, em um condomínio no bairro Gilson Carone, em Cachoeiro de Itapemirim. (Reprodução/ TV Gazeta)

Estão em liberdade a mãe e o padrasto do menino Luiz Gustavo dos Santos Morais, de 9 anos, encontrado morto dentro do apartamento onde morava, no dia 16 de outubro de 2018, em um condomínio no bairro Gilson Carone, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. Eles estavam presos há dois anos, acusados pelo crime

O julgamento que absolveu Thamires dos Santos Fonseca, de 33 anos, e Giuliano Souza Ribeiro, de 48 anos, foi realizado nessa terça-feira (15). Segundo o advogado de defesa Anibal Machado, a Promotoria de Justiça levou em conta a formação das provas, perícias, depoimentos de testemunhas e documentos que não garantiram a culpa da mãe e do padrasto na morte da criança.

O casal tinha sido preso em novembro de 2018, por meio de um mandado de prisão temporária, depois que o laudo apontou que a criança teria morrido por asfixia mecânica, o que segundo o delegado Felipe Vivas, não é compatível com enforcamento. Na época, o delegado afirmou que os depoimentos do padrasto e da mãe da criança apresentavam contradições.

RELEMBRE O CASO

No dia 16 de outubro de 2018, Luiz Gustavo dos Santos Morais, de 9 anos, foi encontrado desacordado no banheiro do apartamento onde morava, em um condomínio no bairro Gilson Carone, em Cachoeiro de Itapemirim. Ele chegou a ser levado pela mãe e pelo padrasto para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Marbrasa, mas já chegou lá sem vida. Laudos apontavam que a morte foi por asfixia mecânica. Nesse mesmo dia, o casal foi levado para a delegacia para prestar esclarecimentos.

A mãe o padrasto contaram à polícia que o menino teria se enforcado com um cinto após ter sido repreendido por fazer bagunça, e negaram que teriam matado Luiz Gustavo.

Na época da prisão, o delegado Felipe Vivas apontou contradições nos depoimentos e chamou a atenção para o fato do laudo cadavérico ter constatado que a causa da morte fora estrangulamento, e não enforcamento.

“A causa da morte é asfixia por constrição cervical provocado por estrangulamento, que é incompatível com enforcamento, que é o que desenharam para gente. Eles mantêm a versão deles, mas divergem em vários pontos dos interrogatórios, de como encontraram a criança, por exemplo. São totalmente frios. Parecem que não se abalam por nada”, disse Vivas, em novembro de 2018.

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