O Tribunal do Júri condenou Thayla Bonicenha Crivellari Fim a 25 anos de prisão e o amante, Françoá de Souza Calabianqui, a 21 anos, pelo assassinato de Alexandro Fim, marido de Thayla. O crime ocorreu em 25 de julho de 2021, na região de Monte Alverne, zona rural de Castelo, no Sul do Espírito Santo.
Eles foram condenados pelo homicídio da vítima, que morreu por asfixia. A investigação da Polícia Civil revelou que Françoá confessou ter mantido um relacionamento com Thayla meses antes do crime, alegando não saber que ela era casada.
Cerca de um mês antes do assassinato, ambos planejaram matar a vítima. Françoá afirmou que no dia do crime, eles combinaram os detalhes por telefone. Thayla relatou que, após enviar uma mensagem para o amante pedindo que ele fosse até a casa dela, abraçou o marido, segurando pelos braços, enquanto Françoá o estrangulava.
Segundo o Ministério Público (MPES), os réus, que já estavam em prisão preventiva, cumprirão a pena inicialmente em regime fechado e não poderão recorrer em liberdade. Thayla e Francoá foram condenados por homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima — além de fraude processual.
Na época do crime, Thayla e Alexandro eram casados há 7 anos.
A denúncia do MPES, aceita pela Justiça, detalha que Thayla e o marido, Alexandro, estavam na cozinha de casa quando Françoá, identificado como amante de Thayla pela investigação, chegou ao local. Thayla abraçou o marido para distraí-lo, momento em que o amante agarrou a vítima por trás e o asfixiou até a morte.
Segundo o MP, após o crime, os réus esconderam alguns objetos no forro de gesso da casa para simular um latrocínio (roubo seguido de morte), tentando enganar a perícia da Polícia Científica. Em seguida, Françoá conduziu o carro do casal até a localidade de Limoeiro, na zona rural de Castelo, e retornou ao local do crime.
Conforme o plano, ele trancou Thayla e a filha do casal, de 2 anos e 7 meses, no quarto. Horas depois, Thayla ligou para os pais, apresentando a versão "fantasiosa" de um suposto latrocínio, segundo o Ministério Público.
O promotor de Justiça Luis Felipe Simão destacou que o crime foi cometido utilizando recurso que dificultou a defesa da vítima. Françoá atacou Alexandro pelas costas, após Thayla distraí-lo. "É importante registrar que a vítima estava sob efeito de remédios controlados, ou seja, não teve nenhuma oportunidade de resistir", afirmou o promotor.
A reportagem de A Gazeta entrou em contato com o escritório de advogacia responsável pela defesa de Thayla Bonicenha Crivellari Fim, e tenta localizar a defesa de Françoá de Souza Calabianqui, mas não houve retorno. O espaço segue aberto.
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