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Justiça condena quadrilha por roubos a motoristas de app e taxistas do ES

Justiça condena quadrilha por roubos a motoristas de app e taxistas do ES

Seis membros da organização criminosa, que atuou por cerca de oito meses entre 2018 e 2019 em Vitória, foram condenados pela Justiça por roubo e associação criminosa

Publicado em 11 de agosto de 2022 às 08:52

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Erick Flores de Macedo, Maurício Pereira, Waldir Ribeiro da Silva, Maurício Pereira e Rômulo Souza Reis, conhecido como
Erick Flores de Macedo, Maurício Pereira, Waldir Ribeiro da Silva, Maurício Pereira e Rômulo Souza Reis, conhecido como "Granola", foram presos em junho de 2019. (Divulgação/PCES)

Integrantes de uma quadrilha que promovia assaltos a motoristas de aplicativo de transporte particular e taxistas na região do Centro de Vitória foram condenados pela Justiça Estadual. O grupo atuou por cerca de oito meses entre 2018 e 2019, tendo feito mais de 30 vítimas. 

Erick Flores de Macedo, Maurício Pereira, Waldir Ribeiro da Silva, Maurício Pereira e Rômulo Souza Reis, conhecido como "Granola", foram presos em junho de 2019, em ação da Polícia Militar e da Polícia Civil nos morros do Moscoso e da Piedade. André Luiz Pereira dos Santos e Roberte Gomes da Silva Monteiro, outros membros do grupo condenados pela Justiça, foram presos posteriormente.

Conforme divulgado pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), as penas variam de cinco a 104 anos de prisão. Os acusados foram condenados por roubo e associação criminosa. Veja abaixo as penas:

  • Waldir Ribeiro Da Silva Júnior: 104 anos, 7 meses e 24 dias de prisão, por 13 roubos e associação criminosa;
  • Maurício Pereira: 53 anos, 2 meses e 16 dias de prisão, por seis roubos e associação criminosa;
  • Rômulo De Souza Reis: 44 anos, 4 meses e 22 dias de prisão, além de 2 meses de prestação de serviços comunitários por cinco roubo, associação criminosa e uso de drogas;
  • André Luiz Pereira Dos Santos: 48 anos, 5 meses e 18 anos de prisão, por cinco roubos e associação criminosa;
  • Eric Flores De Macedo: 17 anos e 15 dias de prisão, por três roubos e associação criminosa;
  • Roberte Gomes Da Silva Monteiro: 5 anos, 9 meses e 5 dias de prisão, por um roubo.

CRIMINOSOS MUDAVAM DESTINO DA CORRIDA E ANUNCIAVAM ASSALTO

As investigações começaram quando a polícia percebeu que havia um número grande de ocorrências semelhantes de roubos contra motoristas de aplicativos na região do Centro de Vitória.

"Eram corridas curtas, que eram solicitadas por mulheres, mas quem entrava no veículo eram homens. Durante o trajeto, abordavam o motorista e tomavam objetos de valor, como cordões, celulares, dinheiro. Algumas vezes, roubavam o carro também", contou o delegado Marcio Braga, então titular da Delegacia Regional, à reportagem de A Gazeta.

O modo de agir dos criminosos era sempre o mesmo. Depois de entrarem no veículo, eles mudavam o destino para as proximidades da Cidade Alta e anunciavam o assalto. Eles usavam facas, revólveres e até um golpe "mata-leão" para ameaçar as vítimas.

A operação que culminou na prisão do grupo criminoso cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão pelos crimes de roubo e associação criminosa. Na casa de Rômulo Souza Reis, também foram encontrados 27 buchas de maconha, um cordão com a letra M, cinco relógios, R$ 1130,00 em dinheiro. Além disso, um rádio comunicador e binóculos foram recolhidos na residência.

ENVOLVIMENTO NO TRÁFICO DE DROGAS NA RUA DA LAMA

A investigação da Polícia Civil, à época, levantou a possibilidade da participação do grupo no tráfico de drogas da Rua da Lama, que fica no bairro Jardim da Penha, em Vitória e onde há vários bares e restaurantes. Os detidos foram reconhecidos por várias vítimas e algumas delas chegaram a ir à delegacia para realizar o reconhecimento.

"Temos informações de que eles também usavam os veículos para fazer transporte de drogas para vender na rua da Lama, em Jardim da Penha. O que ajudou nas investigações foi uma troca de tiros que esse grupo, depois de roubar o carro de um motorista de aplicativo no Centro, com a policiais militares, em Cariacica. Isso aconteceu há cerca de quatro meses, quando buscamos por imagens após descobrirem que o carro era roubado", descreveu o delegado Marcio Braga na ocasião.

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