A Justiça decretou a prisão preventiva de Pedro Henrique De Melo Babini e Robson Luiz Machado Gomes, acusados de terem assassinado o economista Raul Bussolotti, de 41 anos, com golpes de tesoura. O crime aconteceu na madrugada deste domingo (23), em um condomínio no bairro Santa Paula II, em Vila Velha, na casa da vítima.
Conforme o documento da audiência de custódia, que aconteceu no mesmo dia, Pedro Henrique e Robson Luiz tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva. O texto aponta que há indícios que garantem a autoria dos acusados, além da "extrema gravidade dos fatos".
"Desta forma, a liberdade dos autuados, neste momento, se mostra temerária e a prisão preventiva oportuna, eis que a extrema gravidade dos fatos, que ocasionou a morte da vítima, bem como as circunstâncias em que se deram o delito, demonstram a necessidade de se resguardar à Ordem Pública, salientando ainda que uma vez em liberdade poderão voltar a cometer atos da mesma natureza, intimidar testemunhas e se evadir do distrito de culpa", diz um trecho do documento.
O documento ainda detalha que o mandado de prisão preventiva de Pedro Henrique tem validade até 22 de janeiro de 2032 e, para Robson Luiz, a validade é até 22 de janeiro de 2042. Eles não terão direito a liberdade provisória e permanecerão presos no Centro de Triagem de Viana (CTV).
A reportagem não localizou a defesa dos dois homens. O espaço está aberto, caso a defesa deles queira se manifestar.
Raul Bussolotti foi morto com golpes de tesoura dentro da casa dele, em um condomínio no bairro Santa Paula II, em Vila Velha, na madrugada de domingo (23). De acordo com a Polícia Militar, a descoberta se deu após uma equipe atender a uma reclamação de som alto no condomínio. Quando os policiais chegaram, o porteiro pediu para que seguissem um carro de aplicativo que estava indo para a residência. No local, os policiais viram dois indivíduos.
Quando questionados sobre o barulho, eles informaram que "já tinha acabado e que o proprietário estava dormindo". Com a situação resolvida, os militares estavam indo embora, mas foram informados de que a síndica teria ouvido gritos de "socorro" vindos de dentro daquela casa.
No retorno, a Polícia Militar abordou os dois homens, que estavam com cocaína e uma arma falsa no carro de aplicativo, e chamou pelo morador, que não respondeu. Ao entrar no imóvel, havia vários objetos espalhados e sangue no chão da sala, "em direção ao quarto, que estava fechado".
"Ao abrir a porta do quarto, o morador foi encontrado nu, com o rosto e o ventre cobertos com lençóis. Quando tirados, foi possível ver várias lesões no pescoço da vítima e uma tesoura ao lado. O Samu foi acionado, porém uma vizinha, enfermeira, constatou o óbito", disse a corporação, em nota.
Questionados, os homens disseram que estavam há dois dias no local e que foram contratados para terem relações sexuais com o economista. "Eles também afirmaram que estavam usando drogas e que o morador foi atingido com golpes de tesoura após uma discussão", diz a nota da PM.
Segundo a apuração da TV Gazeta, um dos criminosos reafirmou, em depoimento prestado na delegacia, que a morte teria sido consequência de uma discussão que aconteceu durante uma relação sexual. Dentro do carro de aplicativo foram encontradas duas televisões, um videogame, dois celulares e objetos pessoais da vítima.
Mãe do economista, a aposentada Márcia Diniz, de 62 anos, chegou a ver os suspeitos detidos e afirmou que "ninguém merece ser mãe de bandido", de acordo com apuração da TV Gazeta.
A Polícia Civil informou que os dois suspeitos, de 18 e 21 anos, foram autuados em flagrante por latrocínio e encaminhados para o Centro de Triagem de Viana. Conforme apurado pela TV Gazeta, um já tinha passagem por furto, tráfico de drogas e tentativa de homicídio, e outro por desacato e tráfico.
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