A Justiça Estadual manteve, nesta quinta-feira (29), a prisão do tenente da reserva da Polícia Militar Ercílio Silva da Rocha, de 53 anos. O militar, a enteada dele e um empresário foram presos na terça-feira (27) em uma operação da Delegacia Especializada de Narcóticos (Denarc) os três tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva e vão permanecer presos. Durante a ação, entre outras apreensões, foram apreendidos 230 kg de maconha na casa do tenente em Ponta da Fruta, Vila Velha.
Ercílio passou por uma audiência de custódia no final da manhã desta quinta-feira e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. A decisão é da juíza Raquel de Almeida Valinho. O militar da reserva está detido no Quartel da Polícia Militar, em Vitória.
De acordo com a Polícia Civil, o tenente da reserva da PM era o responsável por armazenar e realizar entregas da droga para um empresário de 40 anos, dono de uma distribuidora de bebidas. O empresário é Alexandre Miranda Olmo, que também foi preso durante a operação da Denarc. A juíza também manteve a prisão dele e da enteada de Ercílio, Samara Jesus Silva.
Segundo a magistrada, a liberdade dos três "se mostra temerária e a prisão preventiva oportuna". A juíza afirmou, na decisão, que, em liberdade, o tenente, a enteada dele e o empresário "poderão voltar a cometer atos da mesma natureza e intimidar testemunhas". Ela ainda destacou que a grande quantidade de droga apreendida e as informações sobre estruturação de organização criminosa e abastecimento de ponto de venda de entorpecentes demonstram o perigo em concreto dos indiciados fugirem.
Como a enteada do tenente tem filho pequeno, a juíza autorizou que a criança permaneça com ela no presídio até completar 10 meses de idade. Na residência de Samara, os policiais encontraram R$ 2,55 mil em espécie, caderno com anotações do tráfico de entorpecentes, balança de precisão, carta com orientações vindas de presídio, dois celulares e dois comprovantes de depósito.
De acordo com o delegado Alexandre Falcão, titular da Denarc, o militar foi contratado para armazenar e fazer a entrega da droga por um valor de R$ 5 mil. O militar da reserva confirma que foi contratado para armazenar e realizar a distribuição dessa droga, e que para isso receberia a quantia de R$ 5 mil reais para armazenar, sem aprofundar por qual período, afirmou o delegado em coletiva de imprensa nessa quarta-feira (28).
A operação foi batizada de Casa de Papel. Isso porque o empresário que era responsável por comprar e revender a droga utilizava o apelido de Professor, inclusive utilizando a foto do personagem do seriado em aplicativos de mensagens. Ele utilizava no aplicativo de mensagens uma foto do seriado Casa de Papel e era conhecido pelos traficantes como 'Professor'. Ele se auto intitulava assim e as pessoas os conhecem dessa maneira, disse o delegado.
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