A Justiça decidiu manter a prisão de Wagner Nunes de Paulo, de 28 anos, que dirigia o Toyota Corolla que se envolveu em um acidente que levou à morte de uma jovem de 20 anos. O acidente aconteceu por volta das 19h de sábado (17), na Rodovia Darly Santos, nas proximidades do bairro Jardim Asteca, em Vila Velha.
O motorista foi detido em flagrante após a batida e foi autuado por homicídio culposo na direção de veículo automotor, crime previsto no artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro, como informou a Polícia Civil, por meio de nota.
Ele foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana no início da manhã deste domingo (18), onde passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, a pedido do Ministério Público.
A defesa de Wagner de Paulo chegou a requerer a liberdade provisória, com dispensa da fiança, destacando que ele é réu primário, trabalha e possui residência fixa, e salientando que se tratava de delito culposo, ou seja, não intencional.
Entretanto, o juiz Roberto Luiz Ferreira Santos apontou que, diante da gravidade do caso, não havia como aplicar uma medida cautelar alternativa ou conceder a liberdade provisória e determinou a expedição do mandado de prisão preventiva.
Amanda Marques Pinto, 20 anos, e o namorado dela, Matheus Jose Silva, 23, haviam saído da casa da mãe da jovem, no bairro Jockey, e seguiam de moto para o bairro Divino Espírito Santo, onde moravam, quando ocorreu o acidente. Era Matheus quem pilotava a moto, modelo Honda XRE 300, no momento em que o Corolla, que seguia no mesmo sentido na pista, atingiu a traseira da motocicleta, segundo a Polícia Militar.
Amanda morreu no local, enquanto Matheus foi levado por uma ambulância do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência, em Vitória, onde estava internado até a manhã deste domingo. O estado de saúde do rapaz é grave.
Wagner de Paulo se recusou a fazer o teste de etilômetro no local do acidente.
À reportagem, o advogado responsável pela defesa do motorista, Ramon Coelho Almeida, confirmou a manutenção da prisão do rapaz, mas descreveu o ocorrido como uma fatalidade.
“Foi literalmente um acidente. É uma pessoa que nunca sofreu nenhum acidente e vamos provar que foi mesmo uma fatalidade. Vamos lutar pela liberdade dele", afirmou.
Questionado sobre o motivo pelo qual o motorista se recusou a fazer o teste do etilômetro, o advogado afirmou que Wagner agiu sem pensar, diante da perplexidade em relação ao ocorrido.
“Ele contou que não parou para pensar nas consequências de negar o exame, que simplesmente estava sem reação. Mas não foi oportunizado que ele fizesse o teste de sangue ou qualquer outro tipo posteriormente. Ninguém solicitou e ele estava sem advogado, sem orientação na hora. Não foi solicitado nem na delegacia, nem no IML. Se tivessem solicitado, ele teria feito.”
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta