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Justiça mantém prisão de pastor que matou dono de funerária no ES

Justiça mantém prisão de pastor que matou dono de funerária no ES

Leandro dos Santos Rosário, de 42 anos, teve prisão temporária convertida para preventiva nesta terça-feira (18), pela morte do empresário Carlos Alberto Dias, de 55 anos

Publicado em 19 de outubro de 2022 às 09:24

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Leandro dos Santos Rosário, de 42 anos, suspeito do crime e Carlos Alberto Dias, de 55 anos, assassinado em Marechal Floriano. (Reproduçãor redes sociais )

O pastor Leandro dos Santos Rosário, de 42 anos, preso no dia 22 de setembro pela morte do dono de funerária Carlos Alberto Dias, de 55 anos, de Marechal Floriano, teve a prisão temporária convertida para preventiva nesta terça-feira (18). A Justiça ainda manteve a prisão de Marcos Antônio Gomes Pires, apontado como o comparsa do acusado pelo assassinato do empresário.

O juiz Bruno de Oliveira Feu Rosa acolheu o pedido do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), que requereu a prisão preventiva dos acusados tendo em vista os fortes indícios de que Marcos e Leandro são os autores do crime. "Menciona tratar-se de crime grave, devendo, assim, garantir a aplicação da lei penal e assegurar a ordem pública", manifestou o magistrado. 

"No caso em tela é de se asseverar que há indícios suficientes da prática do crime, sendo que além da gravidade do crime praticado, a soltura ostenta o condão de impor um especial desgaste ao aparato estatal", afirmou Feu Rosa. 

Os acusados responderão por homicídio provocado por asfixia ocorrido em uma emboscada. A pena pode variar de seis a vinte anos de reclusão, com implicações na Lei n° 8.072/90, de crime hediondo. 

RELEMBRE O CASO 

dono de funerária Carlos Alberto Dias, de 55 anos, foi assassinado em Marechal Floriano pelo namorado da ex-esposa, o pastor Leandro dos Santos Rosário, 42 anos, que também atuava como motorista de aplicativo. As investigações da Polícia Civil mostraram que o suspeito tinha ciúmes e receio da companheira voltar para o empresário.

“O suspeito se envolveu em um relacionamento com a ex-esposa da vítima. Ele tem um perfil muito dominador, com muito ciúmes e, por algum motivo, acreditava que, mesmo a namorada não estando mais com Carlos, em processo de divórcio,  a situação poderia ameaçar o relacionamento deles”, afirmou o delegado de Marechal Floriano, Luciano Paulino.

A Gazeta apurou que Leandro dos Santos Rosário responde a um processo por estupro contra uma ex-namorada e a outro por tramar um assalto na casa do ex-sogro. Uma fonte ouvida pela reportagem relatou que Leandro chegou a comparecer no velório e enterro de Carlos. 

COMPARSA

Segundo a polícia, Leandro contou com o auxílio de outro motorista de aplicativo, de 27 anos. O rapaz é do Acre e veio tentar a vida no Espírito Santo. Sem família e amigos por aqui, esse segundo suspeito acabou virando amigo de Leandro em um grupo de motoristas de aplicativo nas redes sociais.

O delegado Luciano Paulino afirmou que Leandro pediu ajuda ao segundo suspeito, dizendo que poderia ajudá-lo na rotina de motorista de aplicativo. 

"Pelas investigações ,essa pessoa, com ajuda de um amigo, de 27 anos, se dirigiu ao município, fez alguns levantamentos, descobriu que além de pastor ele era agente funerário e tinha rotina de fazer atendimentos noturnos. Tramaram uma situação, fizeram uma ligação, a vítima se arrumou e foi atendê-los. Chegando no local, os dois fizeram abordagem e executaram a vítima, a forma foi utilizando braçadeiras de nylon", disse o delegado. 

Imagens mostram momento em que o suspeito do crime em Marechal Floriano foi preso(Polícia Civil)

A TRAMA DO CRIME

Sabendo que Carlos Alberto Dias morava em Marechal Floriano, Leandro dos Santos Rosário se dirigiu ao município com o próprio veículo. De posse da informação de que o empresário era agente funerário, o comparsa fez uma ligação durante a madrugada e pediu ajuda com um suposto velório.

A dupla enviou a localização para Carlos, que se arrumou e se dirigiu até um local próximo ao trilho do trem no município. Na emboscada, os dois suspeitos começaram a golpear o empresário, prenderam as pernas, mãos e pescoço dele com braçadeiras de nylon. A perícia da Polícia Civil constatou que a morte ocorreu por asfixia.

"O de 42 anos utlilizou o próprio carro, não trocou a placa. As investigações se iniciaram assim. Observamos uma movimentação grande daquele carro tarde da noite em um momento em que não há muito movimento na cidade. Identificamos ele, representamos pela prisão temporária, que foi deferida e ontem iniciamos a operação por volta das 2h da manhã e prendemos ele saindo da residência. No decorrer do interrogatório, ele confessou. Nós já tínhamos uma ideia de quem seria o segundo suspeito, ele revelou e conseguimos localizar o segundo, por volta das 18h", afirmou o delegado.

POLÍCIA DESCARTA PARTICIPAÇÃO DA EX-ESPOSA

Segundo as investigações, a ex-esposa do dono da funerária não teria envolvimento e a inciativa do crime partiu do namorado dela. "A mulher, inclusive, relatava que não queria o relacionamento com o ex, dizia que o  ex era uma pedra no sapato. O suspeito achou que aquilo era um sinal para executar o Carlos. Ele era tão dominador que chegou a se mudar para São Pedro (Vitória), para ficar próximo da namorada", finalizou o delegado.

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