Um ladrão que foi preso por roubar celular, mas que a Justiça mandou soltar no dia seguinte, foi detido novamente pelo mesmo tipo de crime onze dias após sair da cadeia. Desta vez, a prisão dele em flagrante foi convertida em preventiva, portanto seguirá no sistema penitenciário.
O primeiro roubo | 3 de julho
No dia 3 de julho, Tarcísio Santos Silva, de 25 anos, foi preso após roubar o celular de uma mulher dentro de um ônibus em Jardim da Penha, Vitória. Ele desembarcou do coletivo após o crime e tentou fugir, mas foi contido por populares até a chegada da Guarda Municipal de Vitória.
Encaminhado à delegacia, foi autuado por roubo, mas poderia sair sob fiança fiança de R$ 4 mil. Como não houve o pagamento, foi levado para um presídio.
A soltura | 4 de julho
No dia seguinte à prisão, durante realização de audiência de custódia, a Justiça concedeu a ele liberdade provisória sem pagar qualquer tipo de fiança. Tarcísio deveria cumprir uma série de exigências — chamadas de medidas cautelares — como não sair da Grande Vitória e comparecer a todos os atos do processo judicial, quando acionado. Para justificar a concessão do benefício, a juíza Raquel de Almeida Valinho ponderou que Tarcísio era réu primário, possuía residência fixa e que a liberdade dele não apresentava risco à ordem pública e econômica.
O segundo roubo | 15 de julho
Onze dias após ser solto, Tarcísio foi preso de novo. Desta vez, após roubar a bolsa de uma mulher, novamente dentro de um ônibus, na Praia do Canto, em Vitória. No entanto, usou uma faca para ameaçar a vítima. Ele foi contido por populares, detido pela Polícia Militar e levado a uma delegacia, onde foi autuado e encaminhado ao presídio.
Desta vez, sem liberdade
Em nova audiência de custódia, a Justiça converteu a prisão dele em flagrante para preventiva. A juíza Daniela de Vasconcelos Agapito destacou na decisão que Tarcísio já havia sido preso dias antes e que mantê-lo no sistema prisional era uma garantia da ordem pública, econômica, além de assegurar a aplicação da lei penal.
“A liberdade do autuado, neste momento, se mostra temerária e a prisão preventiva oportuna, considerando a gravidade dos fatos, bem como a reiteração delitiva da mesma natureza, demonstra a necessidade de se resguardar à ordem pública e evitar a reiteração delitiva, sendo medidas cautelares diversas da prisão, neste momento, insuficientes e inadequadas, uma vez este em liberdade poderá voltar a cometer atos da mesma natureza, intimidar testemunhas e se evadir do distrito de culpa”, justificou a magistrada.
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) confirmou que Tarcísio segue preso desde o dia 15 de julho.
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