Dois homens entraram em um supermercado no bairro Soteco, em Vila Velha, por volta das 15h20 desta terça-feira (5), e se passaram por clientes, colocando produtos em um carrinho. Minutos depois, eles se dirigiram ao caixa do estabelecimento e anunciaram o assalto.
O proprietário do supermercado, um empresário de 42 anos que pediu para não ser identificado, contou à reportagem da TV Gazeta que este não foi o primeiro episódio de violência na loja. "Não é a primeira vez que somos assaltados. Ficamos sempre com muito medo, mesmo sabendo fazer bastante tempo do último. Estamos sempre esperando algo acontecer, trabalhamos com medo. Para nós, antes do assalto, aqueles homens eram clientes, agora ficamos preocupados, pensando se quem entra vai só comprar ou se está armado. Não queria julgar as pessoas, mas não sabemos o que fazer", desabafou.
Segundo relatos dos funcionários, os criminosos levaram o dinheiro de dois caixas e um celular. "Foi uma situação muito desagradável, todos nós acabamos sendo vítimas. E foi muito rápida a ação, eles ficaram uns dois minutos na loja, fingindo fazerem compras, colocaram desodorantes no carrinho. Aproveitaram que tinha pouca gente na loja e renderam funcionários. Um deles começou uma revista e foram limpando os caixas. Ainda levaram os funcionários para o fundo da loja", disse um dos trabalhadores do estabelecimento.
A reportagem demandou a Polícia Civil e, assim que houver retorno, este texto será atualizado.
O proprietário do supermercado já ter sido alvo de tiro durante o assalto ao supermercado ocorrido anteriormente. "Já até quase atiraram contra mim. Tirávamos o dinheiro do caixa e, às vezes, colocávamos no bolso. Um rapaz uma vez chegou e disse que sabia que eu tinha dinheiro no bolso. Eu neguei, mas ele me deitou no chão, pisou nas minhas costas e me revistou. Ele achou dinheiro e disse: 'É, playboy, agora você vai morrer'. Pedi proteção a Deus. Foi quando escutei um tiro e senti uma pressão nas minhas costas, eu estava cheio de sangue em volta", disse.
Apesar do susto, o empresário não havia sido baleado. "Ligamos para o Samu. Quando cortaram a camisa, explicaram que não fui baleado. Eu tinha um roxo nas costas do pisão que levei. Depois vi o vídeo e percebi que ele atirou na parede. Fico emocionado ao lembrar do livramento. Oramos para o dia terminar bem, agradecemos a Deus que ninguém se machucou. Mas e amanhã? Não sabemos como vai ser", finalizou.
*Com informações do repórter Caíque Verli, da TV Gazeta
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