Um homem, de 27 anos, identificado como Gustavo Souza Macedo Petter, foi preso no bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha, suspeito de ser o líder de uma organização criminosa que roubava dinheiro de contas bancárias de vítimas em vários estados do país e até no exterior. Segundo a Polícia Civil, Gustavo recrutava pessoas para participarem do esquema. Além dele, Tarsys Costa Braga da Rocha, de 26 anos, e que está foragido, é outro líder que teria envolvimento com o grupo.
A prisão de Gustavo ocorreu no dia 8 de dezembro deste ano, mas foi divulgada nesta terça-feira (13).
De acordo com apurações do g1 ES, as investigações tiveram início em 2020, quando uma operadora de telefonia entrou em contato com a polícia. Segundo a empresa, criminosos estavam se apoderando das linhas telefônicas das vítimas.
A partir da informação, uma longa investigação foi realizada por meio de diversas buscas e diligências nas cidades de Guarapari e Vila Velha. A polícia constatou que os criminosos, uma vez em poder de chips correspondentes às linhas telefônicas das vítimas, conseguiam obter os códigos de verificação necessários à instalação de aplicativos bancários.
Após ter acesso a conta bancária da vítima, os criminosos conseguiam subtrair todo o dinheiro.
As vítimas são dos estados de Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Santa Catarina, Bahia, Paraná e Amazonas. Até o momento, das 24 pessoas identificadas, apenas seis chegaram a reportar ao banco ou à Polícia Civil a invasão nas contas bancárias. Ao todo, foram subtraídos delas mais de R$ 230 mil.
Segundo informações do g1 ES, no Espírito Santo, parte desse grupo era responsável pela obtenção fraudulenta dos chips correspondentes às linhas telefônicas das vítimas.
Em seguida, a organização enviava para comparsas – alguns até mesmo fora do país – os códigos de verificação recebidos via mensagem de texto (SMS), que davam acesso às contas bancárias.
Usando histórias falsas, outros criminosos procuravam enganar as vítimas, fazendo com que elas, induzidas a erro, digitassem suas senhas bancárias em sites falsos do banco, abertos com o emprego de links de acesso maliciosos.
A divisão das ocupações:
Ainda de acordo com a Polícia Civil, em pouco menos de seis meses, a organização criminosa conseguiu se apropriar de cerca de mil linhas telefônicas. Segundo a corporação, elas foram "roubadas" com a ajuda de dois funcionários de uma empresa terceirizada que trabalhavam em shoppings de Vitória e Vila Velha.
O primeiro desses profissionais, com a ajuda da operadora, foi identificado pela Delegacia de Crimes Cibernéticos ainda em 2020. Contudo, na ocasião, o suspeito foi liberado.
Já o segundo funcionário só foi identificado há pouco tempo, com a conclusão das apurações e a realização da prisão de um dos líderes do grupo.
Ao todo, dez pessoas foram indiciadas no esquema. Porém, a Polícia Civil pediu a prisão de apenas duas das lideranças da célula capixaba da organização criminosa. Isso porque os demais envolvidos que tiveram participação menor no crime são dotados de bons antecedentes e colaboraram com as apurações.
A principal liderança da organização no Espírito Santo, Tarsys Costa Braga da Rocha, permanece foragido.
Com informações do g1 ES
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