Uma área grande na lavoura de cana, com estradas de difícil acesso. Esse é o tipo de local onde criminosos preferem agir em Linhares, no Norte do Espírito Santo, de acordo com a Polícia Civil. Um mapeamento mostrou que esse canavial é um dos pontos de desova de vítimas de assassinato e roubos. O último caso registrado pela polícia aconteceu no último domingo (4).
Um jovem, de 24 anos, foi preso suspeito de matar um colega de trabalho, de 38, quando voltavam de uma festa. Ele trabalhava na plantação e morava em um alojamento, onde foi encontrado pela polícia. Rodrigo Alves dos Santos disse ter matado o colega José Roberto Sebastião dos Santos, após um desentendimento, por enforcamento e asfixia.
A empresa responsável pela plantação, a Lasa, que atua no ramo da destilaria, disse que percebeu um aumento no caso de crimes na região. Ela alega que tem segurança patrimonial, mas não consegue monitorar toda a terra por 24 horas. E os casos policiais, muitas vezes, atrapalham a produtividade porque o trabalho pode ser interrompido para a atuação policial.
Além do canavial, há outros dois pontos identificados pela polícia como locais de desova. Eles ficam na zona rural, em Jataipeba e no Chapadão do 15. "Esses locais são, normalmente, descampados, de difícil acesso para as viaturas policiais e onde não transitam muitas pessoas. Bandidos usam esses lugares para fazer desova de cadáveres e de veículos", disse o delegado Fabrício Lucindo, chefe da Delegacia Regional de Linhares.
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