Após ser ouvida em depoimento na noite desta quinta-feira (14), a mãe das crianças mortas em um incêndio na casa em que moravam no município de São Mateus, norte do Estado, foi autuada pela Polícia Civil por abandono de incapaz com resultado de morte e encaminhada ao presídio. A informação foi passada pelo delegado Daniel Duboc, que fez o atendimento da ocorrência, à reportagem da TV Gazeta. Marcia de Jesus da Silva, de 22 anos, deu entrada na Penitenciária Regional de São Mateus às 9h30 desta sexta-feira (15), de acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus).
Os filhos dela, os gêmeos Ayla Sofia de Jesus da Silva e Gabriel de Jesus da Silva, de 2 anos de idade, morreram em um incêndio que atingiu a casa da família no bairro Aroeira. A residência pegou fogo no fim da tarde desta quinta (14). A casa, que está interditada, vai passar por uma perícia conjunta do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil, que vai apontar a causa do incêndio, nesta sexta-feira (15).
Para o delegado, Marcia contou que estava usando o fogão com uma panela de pressão. Disse ainda que achou que teria desligado esse fogo e foi à casa de uma irmã a poucos metros da casa. As crianças estavam acordadas. Quando a mãe retornou, já viu a casa incendiada.
Um irmão da mãe das crianças, que divide a casa com ela, disse à TV Gazeta que não estava em casa na hora e que, quando chegou, já viu a residência tomada pelo fogo. Afirmou ainda que não conseguiu fazer nenhuma intervenção e que acredita que o incêndio tenha começado no fogão.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, quando as equipes chegaram ao local, avistaram os corpos das crianças da janela da casa, que já tinha sido quebrada por populares na tentativa de socorrer os gêmeos, como explicou o major Cristiano Sartório, em entrevista ao Bom Dia Espírito Santo, da TV Gazeta, na manhã desta sexta-feira (15).
Ao chegar, já nos deparamos com vários populares tentando fazer o socorro. Arrebentaram a porta de entrada da casa, a janela que dá acesso ao quarto, onde foram encontrados os corpos. E aí foi feito combate já pela janela. E, ao se deparar enxergando os corpos, os Bombeiros pararam, não entraram, e aguardaram a perícia da Polícia Civil, disse.
Um vizinho, também ouvido pela TV, afirmou que a rua é movimentada, mas que, no momento do incêndio, não tinha muita gente no local. Ele ouviu o grito de algumas pessoas pedindo socorro e, quando ele saiu, a casa já estava tomada pelo fogo. Eles tentaram entrar na casa residência, mas o fogo já tinha de alastrado. Não conseguiram entrar na casa para socorrer as crianças.
A reportagem da TV Gazeta conversou com um cunhado da mãe das crianças. Ele relatou que ela teria ido à casa dele, que fica bem próximo à residência que pegou fogo, e, em um intervalo entre 3 e 5 minutos, quando a mãe retornou para casa dela, o imóvel já estava tomado pelas chamas e sem condições de que as pessoas pudessem entrar para tentar salvar as crianças.
Segundo o major Cristiano, a casa tem quatro cômodos e era compartilhada entre a mãe das crianças e o irmão dela. A casa tem 4 cômodos, era compartilhada entre a mãe das crianças e o irmão dela. Mas os bens da mãe ficavam dentro desse quarto, como fogão, cama, colchão, roupas. E em outro cômodo que ficava do irmão, relatou.
Com informações de Rosi Bredofw, da TV Gazeta
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta