Sete homens foram apontados, nesta sexta-feira (14), como integrantes da organização criminosa que pretendia transportar cocaína usando cascos de navios em Vitória. Quase 900 quilos da droga foram apreendidos nos dias 7 e 8 de dezembro do ano passado. Esses suspeitos de envolvimento no esquema já estavam detidos no complexo de Viana por crimes anteriores.
Os novos mandados de prisão fazem parte da segunda fase da Operação Morgan. Na primeira fase dela, realizada no último dia 11, foi preso o espanhol Joaquin Francisco Gimenez. Ele foi apontado como sendo a pessoa que faria o trabalho de fixar os 890 quilos de cocaína no casco de um navio na Baía de Vitória. A droga acabou sendo apreendida em duas operações realizadas no início de dezembro do ano passado.
Por nota, a Polícia Federal informou que os presos são oriundos da Baixada Santista, em São Paulo, e que fazem parte da facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios paulistas, conhecida como Primeiro Comando da Capital (PCC).
Eles eram responsáveis pela logística da operação de tráfico transnacional de drogas. Recebiam, armazenavam e preparavam a cocaína para sua colocação nas embarcações e também negociavam a aquisição das lanchas e demais equipamentos necessários para a operação ilícita.
Em virtude das ações policiais perpetradas ainda no final de dezembro de 2021, todos já se encontravam detidos em penitenciárias do Estado.
Ao todo, já são oito criminosos presos e as investigações continuam buscando identificar, especialmente, os financiadores do esquema ilegal, bem como outros bens e ativos ligados aos envolvidos. O objetivo, segundo a PF, é a completa descapitalização financeira da organização criminosa.
Na terça-feira (11) foi preso em São Paulo o estrangeiro apontado como sendo a pessoa que fixaria 890 quilos de cocaína no casco de um navio na baía de Vitoria. A droga acabou sendo apreendida em duas operações realizadas no início de dezembro de 2021.
Trata-se do espanhol Joaquin Francisco Gimenez, preso por policiais civis paulistas do Departamento de Investigações Criminais (DEIC) quando faziam uma vigilância na área do Porto de Santos. Eles investigavam a informação recebida sobre a colocação de uma carga de cocaína em um dos navios ali aportados, dentro das ações da primeira fase da Operação Morgan.
Segundo a Polícia Federal relatou em nota, dois homens foram avistados se aproximando do cais, na margem direita do porto e, ao perceberem a presença dos agentes, fugiram em direções opostas. Um deles - o estrangeiro - foi perseguido e preso. O suspeito, que vestia traje de mergulhador, foi encaminhado para o presídio local.
O espanhol atuava com o grupo de pessoas que tinham ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC), presas em 7 de dezembro do ano passado, em Vila Velha. As detenções naquele dia ocorreram em ações deflagradas na Operação Solis, coordenada pelo Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Espírito Santo e de São Paulo.
A operação contou com o apoio da Polícia Militar capixaba e paulista, além da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal. Neste dia, sete pessoas foram presas, mas o espanhol fugiu. Houve apreensão de 510 quilos de cocaína na ocasião.
No dia seguinte, 8 de dezembro, em nova operação, em Vila Velha, realizada pela Polícia Federal, com o apoio do Notaer, houve nova apreensão de droga - 380 quilos de cocaína - mas ninguém foi preso.
De acordo com a Polícia Federal, as investigações apontaram que estes 890 quilos de cocaína seriam fixados no casco de um navio fundeado na baía de Vitória, mas o plano foi frustrado pelas forças de segurança.
O espanhol, suspeito de ser a pessoa que realizaria o trabalho e cuja identificação foi formalizada pela PF no último dia 6 de janeiro, passou a ser considerado foragido da Justiça e com nome inscrito na lista de procurados da Interpol, a polícia internacional.
De acordo com a Polícia Federal, as investigações realizadas dentro da Operação Morgan - que tinha o objetivo de investigar e prender o estrangeiro - apontam que ele é o responsável pela aquisição das embarcações utilizadas pela organização criminosa, bem como por embalar e fixar a carga de cocaína nos cascos de navios fundeados na Baía de Vitória.
Apontam ainda que o suspeito é um criminoso com habilidades específicas e tem uma importante rede de relacionamentos no mundo do crime.
A Polícia Federal informou que a Operação Morgan também foi composta por Policiais Federais, Rodoviários Federais e Guardas Civis Municipais de Vitória e Vila Velha.
O objetivo da ação realizada no início de dezembro do ano passado é combater o tráfico de drogas por integrantes da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em cidades do Espírito Santo e de São Paulo.
No Espírito Santo, no dia 7 de dezembro do ano passado, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Vila Velha e Guarapari, que resultaram na apreensão de quantidade expressiva de drogas e na prisão em flagrante de três pessoas. A operação também cumpriu mandados de busca e apreensão nos municípios de Araraquara e Guarujá, em São Paulo.
Na tarde do mesmo dia, mais quatro pessoas foram presas em cumprimento a mandados de prisão temporária. Um dos presos acabou sendo autuado por corrupção ativa em razão de ter oferecido a um dos policiais a quantia de R$ 1 milhão para que ele e os demais não fossem presos.
Na operação realizada em dezembro do ano passado havia um mandado de prisão contra Filipe Marques da Costa, que conseguiu escapar e ainda permanece foragido. Ele atuava com o grupo que mantinha instalações em uma casa, em Vila Velha, onde foram apreendidas diversas malas e embalagens com cocaína.
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