Mais de 15 dias após o assassinato de José Geraldo Rizzo, de 61 anos, dono de uma rede de supermercados na Serra, o crime segue sem solução. A Polícia Civil afirma que continua o processo de investigação do caso, que aconteceu no dia 14 de setembro no bairro Jardim Limoeiro, mas disse que não há mandado de prisão aberto contra nenhum investigado. José Geraldo foi morto por volta das 10h30, quando estava a caminho de um banco para depositar cerca de R$ 52 mil.
A polícia informou que o caso segue sob investigação do Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC). No dia do crime, o delegado José Luiz Pazeto afirmou que já havia identificado o suspeito de atirar no empresário. Um homem, identificado apenas como Costela, de 27 anos, era apontado como o autor dos disparos e, segundo o delegado, a prisão dele aconteceria em "questão de horas".
Nesta sexta-feira (2), porém, a reportagem de A Gazeta voltou a demandar a Polícia Civil acerca do andamento as investigações. A polícia alegou que não há mandado de prisão em aberto contra nenhum investigado. A nota ressalta também que, em função disso, não há nenhum suspeito considerado foragido até o momento.
Um outro suspeito de participar do crime foi apreendido logo depois do assassinato. Um adolescente de 15 anos, que já acumula cinco passagens pela polícia por crimes como roubo e tráfico de drogas. Ele é apontado como o motorista do carro utilizado no assalto que resultou na morte de José Geraldo Rizzo.
"As informações que nós temos é que esse menor, ao ouvir os disparos, tentou fugir nesse veículo, que foi abordado pelos policiais. Ele já tem uma passagem criminal extensa. Desde dezembro de 2019 até hoje, essa é a quinta vez que ele foi apreendido por crimes diversos, entre eles roubo e tráfico de drogas", disse o tenente-coronel Leonardo Celante, da Polícia Militar, na ocasião.
No momento do crime, José Geraldo carregava um malote de dinheiro para ser depositado em um banco, quando foi rendido e baleado pelo criminoso. O comerciante chegou a ser socorrido e levado para o hospital por populares, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com a Polícia Militar, após o crime, o suspeito levou uma arma que era de José Geraldo, uma pistola calibre 380, e também o malote de dinheiro com R$ 52 mil. Segundo apuração da TV Gazeta, testemunhas contaram para a polícia que além de comerciante, a vítima era policial da reserva.
O assalto que terminou com a morte do empresário foi gravado por câmeras de videomonitoramento. As imagens mostram a movimentação na Avenida Lourival Nunes, por volta das 10h30, quando o crime aconteceu.
No vídeo obtido pela TV Gazeta também é possível ver que o criminoso foge correndo depois de atirar em José Geraldo Rizzo, de 61 anos. Pelas imagens, também é possível ver o corre-corre das pessoas que estão perto do local do crime. Muitas delas vão em direção ao dono de supermercado, que fica caído no chão após ser baleado.
Segundo o jovem, ele foi convidado pelo comparsa para participar da ação criminosa, em troca de uma quantia em dinheiro. O convite teria sido feito há cerca de uma semana. Essa pessoa executaria o crime com o apoio dele, mas cabe à Polícia Civil averiguar todas as informações, explicou o tenente-coronel Leonardo Celante.
No entanto, diante da dinâmica do assalto seguido de morte, a Polícia Militar acredita que houve, de fato, planejamento e uso de informações privilegiadas por parte dos criminosos. A gente acredita que eles já foram sabendo que esse comerciante faria o depósito. De onde veio essa informação, não posso afirmar agora, disse.
No momento do assalto, o empresário José Geraldo Rizzo estava armado com uma pistola, que também foi roubada. De acordo com informações passadas por testemunhas ao repórter André Falcão, da TV Gazeta, a vítima era um policial da reserva. Ou seja, estava aposentado.
Embora ainda não seja uma certeza, o tenente-coronel Leonardo Celante apontou que o criminoso pode ter realizado os disparos por esse motivo. Infelizmente, o comerciante teve a vida ceifada por um indivíduo que, talvez, por perceber que a vítima portava uma arma de fogo, realizou os disparos, disse.
Apreendido, o carro branco utilizado no crime tinha restrição de furto e roubo. Segundo informações da PM, o veículo havia sido roubado no último dia 10, por volta das 22h, no bairro Laranjeiras, que também fica na Serra. Nesta segunda-feira (14), ele estava com a placa adulterada.
Em julho de 2017, o sócio e irmão do empresário, Luiz Rizzo, também foi assaltado e baleado em frente a uma agência bancária, durante a manhã de uma segunda-feira, na qual faria o depósito de uma quantia em dinheiro. Naquela ocasião, o crime aconteceu no bairro Jacaraípe, na Serra.
De acordo com a família, por causa de um disparo que atingiu a região do abdômen, ele precisou ficar 92 dias internado em um hospital particular para onde José Geraldo também foi levado na manhã desta segunda-feira (14), mas não resistiu aos ferimentos causados pelos três tiros.
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