O homem mascarado que aterrorizou pedestres em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, no final do mês passado, foi identificado e indiciado por dois crimes. O suspeito, que tem 41 anos, é empresário e morador do Centro da cidade. Segundo informações divulgadas nesta terça-feira (12) pela Polícia Civil, ele vai responder em liberdade por ameaça e constrangimento ilegal. O nome dele não foi divulgado.
De acordo com a corporação, a investigação teve início a partir de dois vídeos que começaram a circular nas redes sociais no dia 24 de junho. Em ambos, um homem mascarado e armado com uma espécie de facão abordava pessoas desconhecidas que passavam nas ruas, fazendo questionamentos e ameaçando feri-las (veja acima).
Titular da Delegacia Especializada de Infrações Penais e Outras (Dipo) de Cachoeiro de Itapemirim, o delegado Rafael Antun informou que duas vítimas representaram contra o homem mascarado, pois se sentiram constrangidas e ameaçadas com a abordagem dele.
A PC definiu a investigação como "complexa", já que as imagens somente identificavam o veículo usado nas abordagens, e “que pertence a uma locadora", tendo sido usado por "outras pessoas na data dos fatos”.
Após investigações, na última sexta-feira (8), um policial foi até a casa do suspeito para intimá-lo a prestar depoimento. No mesmo dia, o homem teria se apresentado na delegacia, afirmando que o objetivo dele era fazer uma "brincadeira".
“Em depoimento, alegou que ele mesmo gravou os vídeos e depois compartilhou em um grupo de amigos, e algum dos membros do grupo passou as imagens para frente. Nesta terça-feira (12), ele retornou à delegacia e entregou a máscara e o facão utilizados nas abordagens”, informou a Polícia Civil.
Para o delegado Rafael Antun, isso não pode ser considerado uma brincadeira. “Abordar pessoas nas ruas, fazendo ameaças e constrangendo, não pode ser considerado uma brincadeira, pois tais ações podem produzir consequências graves”, destacou.
O delegado contou, ainda, que o inquérito policial foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário. “No entanto, se mais alguém tiver sido vítima desses atos e desejar representar criminalmente, deve se dirigir à delegacia e formalizar a representação, que será juntada aos autos”, orientou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta