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Mecânico morto em carro de aplicativo no ES já foi alvo de dois atentados

Mecânico morto em carro de aplicativo no ES já foi alvo de dois atentados

Douglas Silva Araújo, 26 anos, foi baleado com um tiro no ombro e teve a casa crivada por tiros

Publicado em 3 de outubro de 2019 às 17:00

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Douglas, 26 anos, e Natan, 19 anos, foram assassinados a tiros em Jardim Limoeiro, na Serra. (Reprodução)

O mecânico montador Douglas Silva Araújo, 26 anos, morto após sair de uma partida de futebol na Serra, já tinha sofrido duas tentativas de assassinato. O amigo dele, o auxiliar de mecânica Natan Teixeira Celestino, 19 anos, também foi executado dentro de um carro de aplicativo na noite desta quarta-feira (02).

O pai de Douglas, o pedreiro Moisés José Araújo, 55 anos, disse que o filho voltou do estado de São Paulo há cinco meses. Há dois anos, bandidos atiraram contra o carro em que o mecânico estava e ele foi atingido por um disparo no ombro.

Após esse atentado, Douglas mudou para São Paulo com o pai. Os dois trabalharam juntos com construção civil. Segundo Moisés, o filho retornou para o Espírito Santo há cerca de cinco meses. Depois ter chegado, teve a casa alvejada por tiros, mas não ficou ferido.

“Há dois anos, meu filho mexia com o tráfico de drogas, mas nunca usou, só vendeu. Depois que ele parou de mexer com droga, ele passou a me acompanhar no trabalho. Eu ajudei ele a comprar um carro, uma moto e ele começou a investir o dinheiro dele”, disse.

Douglas morava no bairro Jardim Limoeiro, há cerca de um mês, com um casal de amigos. Moisés disse que não sabe o que pode ter motivado o assassinato do filho. “O Douglas confiava em todo mundo, eu já tinha alertado ele quanto a isso, mas não adiantou. Pelo o que sei, ele não estava sendo ameaçado e nem estava devendo nada a ninguém”, afirmou.

Pai de Douglas Silva de Araújo libera o corpo do filho no DML. (Isaac Ribeiro)

INVESTIGAÇÃO

Os familiares do auxiliar de mecânico Natan Teixeira Celestino, 19 anos, não sabem explicar o que pode ter motivado o assassinato do jovem. Acompanhada da irmã, tia e do marido, a mãe de Natan reconheceu e liberou o corpo do filho na manhã desta quinta-feira (03) no Departamento Médico Legal (DML) em Vitória.

A zeladora Silvana Teixeira Celestino Oliveira, 33 anos, disse que Natan morava com o pai dele. Ela casou no último sábado (28) e viajou para a Bahia. "Me pediram para eu ficar, mas senti que deveria voltar para casa logo. Ontem mesmo o meu filho me ligou e eu falei: 'Deus te abençoe, te protege e te guarde, meu filho'. E agora ele está no sono eterno", lamentou Silvana.

Além de Natan, a zeladora é mãe de duas adolescentes sendo uma de 14 e outra de 17 anos. "Meu mundo era azul e rosa. Perdi o Natan e agora meu mundo está preto. Ele é o maior da amor da minha e sempre estará no meu coração", disse a mãe.

A tia dele, a técnica em enfermagem Rosicleia Teixeira, 40 anos, espera que a Polícia Civil investigue e prenda os responsáveis pelo assassinato. "Espero que meu sobrinho não seja só mais um número da estatística da morte. Somos mais uma família que chora. É uma dor inexplicável. O Natan era um menino excelente", destacou.

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Tia de Natan Teixeira Celestino, Rosicleia Teixeira. (Isaac Ribeiro)

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