O médico Aloísio Vieira Silva, de 29 anos, foi esganado e esfaqueado dentro do próprio apartamento no Centro de Montanha, no Norte do Espírito Santo, no último final de semana, após um encontro marcado pela internet com Carlos Magno Santos Santana, que confessou o crime. O assassino disse à Polícia Civil que conheceu o médico no Tinder, rede social de relacionamento, e que este foi o primeiro e único encontro entre os dois. As duas afirmações, no entanto, ainda serão apuradas pela polícia.
De acordo com informações divulgadas em uma coletiva de imprensa, o crime aconteceu entre a noite de sábado (25) e a madrugada de domingo (26). Horas depois, o principal suspeito de ter matado o médico foi preso em um bar de Conceição da Barra, também no Norte do Estado. Ele confessou o crime e, segundo a polícia, estava "indiferente".
Segundo o delegado de polícia de Montanha, Eduardo Mota, o suspeito já era conhecido da polícia e foi alvo de uma operação da delegacia pelo crime de estelionato. Não foram passadas mais informações sobre o crime, como data e dinâmica.
A Polícia Civil não soube confirmar se o contato entre o assassino e a vítima aconteceu por meio de um aplicativo de relacionamento, mas confirmou que os dois conversavam com auxílio da internet. O médico Aloísio Vieira foi a Conceição da Barra buscar Carlos Magno. Os dois teriam ficado juntos por algumas horas, até voltarem para Montanha.
Chegando ao município onde o médico morava, o suspeito foi deixado no Centro. A ideia é que ninguém visse os dois chegando juntos ao imóvel. Por isso, Carlos Magno chegou depois, a pé, ao apartamento do médico, como mostram as imagens. Dentro do imóvel, Aloísio foi esganado e esfaqueado.
De acordo com o delegado de polícia de Montanha, Eduardo Mota, colegas perceberam que o médico estava atrasado para um plantão na cidade e foram até o apartamento dele. Chegando ao local, mas sem terem acesso ao interior do apartamento, o proprietário do imóvel abriu a porta para que os colegas checassem se havia acontecido algo com Aloísio.
Foi neste momento que Aloísio Vieira foi encontrado morto. Os colegas ainda perceberam que itens como celular e computador não estavam dentro do apartamento. Considerando o sumiço dos eletrônicos, a polícia começou a investigar o caso como latrocínio – roubo seguido de morte.
Perguntado sobre o que teria motivado o crime, o delegado apontou que Carlos Magno teria ido para Montanha já sabendo o que faria. O delegado não suspeita de qualquer briga entre os dois, mas de interesses patrimoniais que poderiam ter motivado o roubo (celular, computador, dinheiro e carro) seguido de morte.
Segundo o comandante da 19ª Companhia da Polícia Militar, major Gambarti, diversas corporações se reuniram para que o suspeito fosse preso. Enquanto as polícias procuravam o autor do crime, Carlos Magno usava as redes sociais normalmente. Ele fez vídeos dentro do carro e ainda tirou uma selfie.
Após o médico ser encontrado morto, as polícias Militar e Civil começaram as buscas pelo suspeito. Uma testemunha afirmou à polícia que ouviu o carro da vítima sair durante a madrugada. Como mostram as imagens, Carlos Magno tomou a direção do veículo. De acordo com informações do cerco eletrônico, que monitora a movimentação de veículos, o carro do médico passou por Conceição da Barra por volta de 5h de domingo (26).
Horas após o crime, Carlos Magno Santos Santana foi encontrado em um bar do município. Segundo a polícia, ele não ofereceu resistência no momento da abordagem e confessou o assassinato.
“Ele [suspeito] não estava muito preocupado, estava indiferente. Foi encontrado em um bar e confessou o crime. E ainda indicou onde estava a carteira, dinheiro, celular e computador da vítima, que ele havia roubado”, contou o delegado Eduardo Mota.
O carro de Aloísio – um Chevrolet Onix prata – foi encontrado perto do bar. O computador, o celular e documentos do médico estavam escondidos em outro local da cidade, indicado por Carlos Magno após a prisão.
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