O médico ginecologista Gedison Luis Gonçalves foi preso na manhã desta sexta-feira (6) suspeito de assediar pacientes durante consultas em São Mateus, Norte do Espírito Santo.
Em entrevista à repórter Rosi Bredofw, da TV Gazeta Norte, a delegada Gabriela Zaché informou que três mulheres, que não se conhecem, já foram ouvidas pela polícia. Ela relataram que os assédios teriam ocorrido em consultas realizadas entre os anos de 2019 e 2021. Ainda de acordo com a delegada, os relatos das vítimas são muito semelhantes e o número de mulheres pode aumentar.
O médico foi detido durante a manhã, quando ele saía de casa para trabalhar, por meio de mandado de prisão preventiva. Ele foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de São Mateus (CDPSM). Segundo a delegada, o médico prestou depoimento e negou as acusações.
Na tarde desta sexta-feira (6), a defesa do médico encaminhou nota à reportagem. Segundo o advogado Glauber dos Santos Silva, a prisão "ocorreu de forma precipitada e sem qualquer fundamento legal que a justifique".
" A [prisão] deu-se única e exclusivamente com base em apenas depoimentos pessoais, sem a existência de qualquer tipo de prova pericial que comprove ou justifique-a. O médico há 18 anos não possui qualquer ato na sua vida pregressa que macule a sua conduta, seja na esfera pessoal ou profissional, afirma ainda ser inverídico as acusações a si impostas, o que será esclarecido. Importante dizer que o caso em tela trata-se apenas de Inquérito Policial e não existe nenhuma acusação formal em desfavor do acusado, e por se tratar de caso em que foi decretado o sigilo judicial não há como trazer maiores informações para não prejudicar o andamento das investigações. Em havendo a formulação de uma denuncia por parte do Ministério Público a defesa adotara as medidas cabíveis para provar a inocência do acusado", informou, por meio de nota.
O Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES) informou que vai abrir sindicância para apurar os fatos. "Até o momento, o Conselho não recebeu denúncia formal contra o médico, mas, diante da denúncia veiculada na imprensa, abrirá sindicância sobre o caso".
A reportagem de A Gazeta entrou em contato com a Polícia Civil para saber quais procedimentos foram adotados contra o médico e quais os próximos passos da investigação, mas ainda não obteve retorno.
A defesa do médico enviou nota sobre a prisão. O texto foi atualizado.
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